Em nota oficial, Aécio Neves, presidente do PSDB, condena a atitude
bolivariana do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, de tentar
cercear as investigações da Polícia Federal. Leia abaixo:
O PSDB reitera a posição de defesa intransigente da rigorosa apuração
do maior escândalo de corrupção da história do País, através da
Operação “Lava Jato”.
Para o partido e as oposições, tão
importante quanto responsabilizar diretores da Petrobrás que se
transformaram em operadores do esquema, ou empresas que dele
participaram, é identificar e punir os agentes públicos que permitiram o
irresponsável aparelhamento da companhia e criaram as condições
necessárias para a expropriação de recursos públicos, para dele se
beneficiarem direta ou indiretamente.
O PSDB lamenta que, neste
momento, o Governo Federal, através de suas autoridades, insista tentar
em dar tratamento político a um caso que é, eminentemente, de polícia.
Não
contribui para o livre encaminhamento das investigações a injustificada
iniciativa do ministro da Justiça de abrir inquérito contra delegados
da Polícia Federal que participam da operação, pelo simples fato de
terem exercido o direito constitucional de manifestação política em suas
redes sociais privadas.
As oposições continuarão vigilantes e
mobilizadas no acompanhando das investigações da Polícia Federal e do
Ministério Público, e esperam que todos que atuaram nesse esquema
criminoso sejam efetivamente responsabilizados.
Aécio Neves
Presidente nacional do PSDB
Presidente nacional do PSDB
Petrolão: ministro da Justiça está sob supeita.
O porquinho do meio é Cardozo.
Em 2010, a campanha de Dilma Rousseff foi coordenada por "três porquinhos",
apelido mais do que adequado para os mesmos: Antônio Palocci, demitido
por corrupção. José Eduardo Dutra, ex-presidente da Petrobras quando
todo o esquema começou. E José Eduardo Cardozo que, atualmente, exerce o
papel de ministro da Justiça e que defende que a Polícia Federal seja
investigada, em vez de haver "politização" da Operação Lava Jato.
Leia-se como "politização" o fato da Oposição estar exigindo total
investigação dos corruptos do PT e do PMDB, envolvidos no maior
escândalo de corrupção da história do país.
É bom lembrar que o ministro da Justiça está sob suspeita na Operação
Lava Jato. Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras que foi preso e
fez delação premiada, acusou Antônio Palocci de
ter recebido R$ 2 milhões do Petrolão para a campanha de Dilma
Rousseff, em 2010. Ora, José Eduardo Dutra participava da comissão
central, tendo inclusive participado de arrecadação de fundos, segundo
noticiado pela imprensa. Portanto, sabia destes fatos. Resta saber se
atrás da delação virão as provas concretas. Enquanto isso, o ministro da
Justiça está sob suspeita.
Aliás, é estarrecedora a entrevista dada
pelo atual ministro da Justiça ao blogueiro Luiz Nassif, logo após o
encerramento da campanha. Lá ele finaliza a entrevista com a seguinte
pérola: "Imaginar que numa campanha nunca exista dinheiro desviado dos cofres públicos é ser ingênuo " . Ao que tudo indica, uma confissão antecipada de culpa.
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