sexta-feira, 21 de novembro de 2014
A oposição recorreu à Procuradoria-Geral da República contra 10
autoridades, entre ministros, presidentes e diretores de agências, que
durante o período eleitoral seguraram a divulgação de dados oficiais e
medidas econômicas. Na representação, o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) pede que os
envolvidos sejam investigados por crime de responsabilidade e
improbidade administrativa.
Entre as medidas que ficaram congeladas, estavam dados atualizados sobre
o desempenho dos alunos em português e matemática e a arrecadação de
tributos, estatísticas potencialmente negativas para a campanha da
presidente Dilma Rousseff. Caiado argumenta ainda que, três dias após as eleições, o Comitê de
Política Monetária (Copom) surpreendeu ao elevar a taxa básica de juros
da economia brasileira de 11% para 11,25% ao ano.
"De todas as atrocidades cometidas nesta eleição, a mais vexatória, sem
dúvida, foi o governo impondo a órgãos técnicos uma mordaça para que a
população não soubesse a real situação do país. Mais do que ninguém,
eles sabiam como estavam fazendo um mau governo e como isso não podia
ser revelado durante as eleições", explicou Caiado.
O pedido de investigação envolve os ministros Guido Mantega (Fazenda),
Clélio Campolina Diniz (Ciência, Tecnologia e Inovação), Izabella
Teixeira (Meio Ambiente), Edison Lobão (Minas e Energia) e Alexandre
Tombini (Banco Central).
Entre os presidentes e diretores de agências estão : Volney Zanardi
Júnior (IBAMA), Leonel Fernando Perondi (INPE), Marcelo Côrtes Neri
(Secretário Especial para Assuntos Estratégicos), Suarez Dillon Soares
(IPEA) e Romeu Donizete Rufino (ANEEL).
(Folha Poder)
Nenhum comentário:
Postar um comentário