sábado, 20 de dezembro de 2014

Falhas no sistema de contenção do Noroeste causam inundação na Asa Norte

Ao que tudo indica, um dos reservatórios de escoamento está transbordando, fazendo com que o fluxo seja direcionado às quadras 10 e 11 da parte norte do Plano Piloto


20/12/2014 09:23  Correio Braziliense


 Ed Alves/CB/D.A Press


Uma falha no sistema de contenção de águas do Setor Noroeste explica em parte os estragos e as inundações provocadas pelas chuvas dos últimos dias na Asa Norte. Isso foi o que constatou a Defesa Civil, depois de percorrer o caminho feito pelos temporais a partir de vestígios deixados pela lama. 
Ao que tudo indica, um dos reservatórios de escoamento está transbordando, fazendo com que o fluxo seja direcionado às quadras 10 e 11 da parte norte do Plano Piloto. Esse problema se soma a outros, como redes de captação insuficientes e falta de manutenção adequada.


Segundo o subsecretário de Defesa Civil, coronel Sérgio Bezerra, há duas bacias responsáveis por armazenar a água no Noroeste, mas só a com função de direcionar a chuva para o fim da Asa Norte estaria em funcionamento. 
“Se chover da forma como foi, isso vai se repetir. A estrutura está subdimensionada, não suporta, o que faz com que a água caia no meio da Asa Norte, especificamente na 10 e na 11”, detalha. Segundo Bezerra, não é a primeira vez que isso acontece. “O problema são as áreas em construção. A terra desce com a enxurrada até atingir as tesourinhas”, completa.

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Na prática, a água que deveria ser retida nas bacias acaba percorrendo um longo trajeto. Dessa forma, a chuva se mistura ao barro das construções. Com um reservatório raso, ela passa direto até chegar ao Parque Burle Marx e, depois, atinge a 910. A partir daí, é redividida entre as proximidades da 10 e da 11. “A correnteza desemboca especificamente na 510, na 511, na 310 e na 311. Por isso, tivemos a incidência de prédios inundados e de subsolos alagados.”

Com o temporal da terça-feira, o subsolo do Bloco E da 311 Norte ficou submerso. A entrada lateral do edifício cedeu, assim como a rampa e a calçada. O empresário Adriano Teles, 21 anos, tem três estabelecimentos esportivos no local. Ele estima ter perdido R$ 300 mil em equipamentos. “Estamos há mais de 15 anos nesse prédio. Havia acontecido fortes chuvas, mas pouca água entrou. Não nessa proporção.” Até hoje, prédios na região estão interditados, como o do Ministério dos Esportes e do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), na 511.


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