17/12/2014 11h00
Dados integram atlas elaborado pelo Inpe e ONG SOS Mata Atlântica.
Atividade carvoeira e plantio de eucalipto teriam causado perdas em Minas.
Espécies de floresta nativas da Mata Atlântica brasileira (Foto: Divulgação/Pedro Jordano/Science)
Os dados divulgados nesta quarta-feira (17) integram o Atlas de Remanescentes Florestais, que teve parte do estudo lançada em maio deste ano pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o Inpe, e a organização SOS Mata Atlântica, de São Paulo.
Na época, as instituições apontaram que o bioma perdeu 235 km² de vegetação entre 2012 e 2013, aumento de 9% em relação ao período anterior avaliado (2011-2012). A área equivale a quase seis vezes o tamanho do Parque Nacional da Tijuca, que fica no Rio de Janeiro, ou ainda a 24 mil campos de futebol.
Pontos verdes no mapa mostram áreas de floresta da Mata Atlântica que ainda estão em pé no Brasil.
Área em amarelo é o total do bioma. Atualmente,
restam 8,5% da vegetação original
(Foto: Divulgação/SOS Mata Atlântica/Inpe)
De acordo com a segunda parte da pesquisa, Manoel Emídio (PI) foi a cidade brasileira que mais desmatou. No período analisado, houve a perda de 31,3 km² de vegetação. De acordo com a SOS, o aumento da produção agrícola na região teria relação com a alta do desmate.
A área de floresta eliminada na cidade piauiense equivale à soma total do desmate registrado nas cinco cidades mineiras do ranking. Águas Vermelhas, Ponto dos Volantes, Itinga, Curral de Dentro e Novo Cruzeiro perderam juntas 31,3 km² de mata.
Minas foi o estado que mais devastou o bioma entre 2012 e 2013. O levantamento apontou a retirada de 84,3 km² de vegetação – queda de 22% em relação ao total desmatado entre 2011 e 2012, que foi de 107 km².
Marcia Hirota, diretora-executiva da Fundação SOS Mata Atlântica, afirma que a extração de madeira para carvoaria e plantio de eucalipto são as principais causas de registro de desflorestamento no estado.
Piauí vem em seguida, com a supressão de 66,3 km² de floresta. Bahia foi o terceiro estado que mais desmatou, responsável pela derrubada de 47,7 km² de vegetação no período avaliado. As cidades baianas que aparecem no ranking são Wanderley e Brejolândia.
Atualmente, restam apenas 8,5% de remanescentes florestais acima de 100 hectares. Somados todos os fragmentos de floresta nativa acima de 3 hectares, restam 12,5% da área original de Mata Atlântica, que tinha 1,3 milhão de km² quando o Brasil foi descoberto.
Essa paisagem natural é uma das mais ricas em biodiversidade, e até 60% de suas espécies de plantas são endêmicas, ou seja, só existem naquela região.
Desmate na Mata Atlântica aumenta 9% entre 2012 e 2013, aponta estudo
Total de vegetação derrubada equivale a 24 mil campos de futebol.
Levantamento foi divulgado pela ONG SOS Mata Atlântica e o Inpe.
Pontos verdes no mapa mostram áreas de floresta da Mata Atlântica que ainda estão em pé no Brasil. Área em amarelo é o total do bioma. Atualmente, restam
8,5% da vegetação original (Foto: Divulgação/SOS Mata Atlântica/Inpe)
8,5% da vegetação original (Foto: Divulgação/SOS Mata Atlântica/Inpe)
A área equivale a quase seis vezes o tamanho do Parque Nacional da Tijuca, que fica no Rio de Janeiro, ou ainda a 24 mil campos de futebol.
As informações fazem parte do Atlas de Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, uma parceria entre o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o Inpe, e a ONG SOS Mata Atlântica.
De acordo com a organização, a taxa anual de desmatamento é a maior desde 2008, quando houve a perda de 343,1 km² de floresta. No período 2008 a 2010, a taxa média anual foi de 151,8 km.
Atualmente, restam apenas 8,5% de remanescentes florestais acima de 100 hectares. Somados todos os fragmentos de floresta nativa acima de 3 hectares, restam 12,5% da área original de Mata Atlântica, que tinha 1,3 milhão de km² quando o Brasil foi descoberto.
Essa paisagem natural é uma das mais ricas em biodiversidade, e até 60% de suas espécies de plantas são endêmicas, ou seja, só existem naquela região.
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Pelo quinto ano consecutivo, Minas Gerais foi o estado que mais devastou o bioma.
O levantamento aponta perda de 84,3 km² de floresta – queda de 22% em relação ao total desmatado entre 2011 e 2012, que foi de 107 km².
Segundo Marcia Hirota, diretora-executiva da ONG, a redução é resultado de moratória que, desde junho do ano passado, impede a concessão de licenças e autorizações para supressão de vegetação nativa.
Piauí vem em seguida, com a supressão de 66,3 km² de floresta. Bahia foi o terceiro estado que mais desmatou, responsável pela derrubada de 47,7 km² de vegetação no período avaliado.
São Paulo registrou queda de 51% no desmate na comparação com o último período, no entanto, quase 1 km² de floresta desapareceu entre 2012 e 2013. Nesse período, Rio de Janeiro teve perda de 0,1 km².
De acordo com a Fundação SOS Mata Atlântica, mesmo com índices baixos, há uma preocupação com o desmate nesses dois estados pela forma como acontecem. Essa característica, chamada de "efeito formiga", não suprime grandes proporções de mata, porém, a perda ainda acontece devido à expansão de moradias e infraestrutura.
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