Futuro chefe da Casa Civil diz que há estudos para enxugar a máquina oficial
millena.lopes@jornaldebrasilia.com.br
Como medida de austeridade, o governo de Rodrigo Rollemberg já admite a possibilidade de diminuir o número de administrações regionais.
Hélio Doyle, coordenador da equipe de transição e futuro chefe da Casa Civil, disse que os estudos ainda estão em andamento, mas há a “tendência” de que isso ocorra.
“Você tanto pode fundir como você pode também desdobrar”, disse, para citar administrações de regiões com cinco mil habitantes e regiões com 400 mil. Estou falando que há uma possibilidade de que isso aconteça, porque a gente verifica que tem administrações regionais com uma população de cinco mil pessoas e tem administrações regionais com uma população de de 400 mil pessoas. “O que a gente está querendo é racionalizar melhor, tornar uma estrutura mais racional, que atenda melhor à população”, explicou Doyle.
A redução de 60% no número de comissionados é uma das prioridades do novo governo. E deve começar pelas administrações regionais, que, nas palavras do futuro secretário, “são muito inchadas mesmo”.
“Tem muita gente que nem sequer aparece para trabalhar”, pontua o coordenador da transição. A repetição de funções foi outro problema identificado pela equipe. “As estruturas que existem hoje, na nossa opinião, atendem mais aos interesses políticos, ao empreguismo, do que à população”, resumiu.
Deixando claro, a todo o momento, que trata-se de uma possibilidade, já que os estudos não foram concluídos, Doyle disse que o posicionamento definitivo deve sair até o fim do mês, já que existe a expectativa de começar o novo governo com as estruturas definidas.
Cinco a menos
A reportagem apurou que, de acordo com os estudos da equipe de transição, pelo menos cinco administrações devem ser extintas. Como é o caso da recém criada Fercal. Sobradinho I e II podem ser fundidas, assim como Riacho Fundo I e II, Sudoeste e Cruzeiro, Candangolândia e Núcleo Bandeirante. Doyle limita-se a dizer que são possibilidades, “mas ainda não há decisão tomada”.
Austeridade vira palavra de ordem
A medida tem apenas um propósito: economizar recursos. Se concretizada, seria para atender ao requisito de austeridade tão propagado atualmente pelo novo governo.
“Nós temos que evitar os gastos supérfluos e temos que controlar melhor os gastos”, reafirmou Doyle, para enumerar os gastos que devem ser reduzidos pelo próximo governo: “Despesas com mordomias, por exemplo. O que se gasta com comida no governo é excessivo”.
A utilização de veículos e os gastos com combustível também estão entre os exageros apontados pela equipe de transição: “Essa austeridade vai ser pedida desde o governador até qualquer servidor, independentemente da posição no governo”, prometeu.
Administradores
O futuro chefe da Casa Civil reconheceu que o governador está ouvindo os políticos das regiões administrativas para escolher os administradores. “Presume-se que um deputado eleito tenha respaldo na comunidade. Eles também serão ouvidos, por que fazem parte da comunidade. Isso não quer dizer que eles vão indicar ou que haverá loteamento”, explicou.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília
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