- Criado em Sexta, 19 Dezembro 2014 09:32
- Escrito por Ascon RCN
Os riscos da demissão em massa dos comissionados. O futuro chefe do Executivo reafirmou a intenção de extinguir 60% dos cargos e demitir 11 mil servidores.
Por
trás das mega caminhadas que arrastavam milhares de militantes petistas
durante a campanha do governador derrotado Agnelo Queiroz havia uma
grande motivação: todos eram funcionários do GDF, ocupantes de cargos
comissionados que nos últimos quatro anos ajudaram a inchar a maquina
administrativa do Governo do Distrito Federal.
Preocupado
com a situação das contas públicas, cujo rombo é estimado em R$ 3,8
bilhões, o governador eleito Rodrigo Rollemberg confirmou a redução do
número de Secretarias das atuais 34 (chegaram a ser 39) para 24.
Cerca
de 84% dos cargos de confiança nas 31 regiões administrativas são
ocupados por comissionado. A maior parte desses servidores é de filiados
do PT e de indicados por deputados distritais.
Os
deputados distritais até que tentaram impedir a redução das pastas e as
demissões de seus apadrinhados sem que passassem pelo crivo da Câmara
Legislativa. Mas a lei aprovada para isso foi declarada como
inconstitucional pela Justiça.
O
coordenador-geral de transição do governo e futuro secretário da Casa
Civil, Hélio Doyle, também confirmou a possibilidade de cortes
administrações regionais do Distrito Federal a partir de 2015.
Em
levantamentos feitos pela equipe de transição, desde a derrota de
Agnelo anunciada pelas urnas já no primeiro turno das eleições, que a
maquina governamental vem sofrendo uma paralisia administrativa.
As
secretarias e, principalmente as administrações regionais, onde a
presença dos comissionados é bem mais forte, estão jogadas às moscas.
Centenas e servidores desapareceram dos seus postos de trabalho. O novo
governo promete um corte de 60% no número de cargos comissionados em
todo Distrito Federal e fará das administrações o seu principal alvo.
As
demissões em massa devem ocorrer à partir da primeira semana de
janeiro. No entanto, para alguns setores do atual governo pode ser muito
perigoso o corte drástico dos 11 mil comissionados que ingressaram no
GDF durante a gestão petista. O sistema e informações internas podem
sofrer um “bug” no banco de dados.
Até
a semana passada a equipe de transição do governador eleito Rodrigo
Rollemberg se queixava da falta de informações básicas sobre o caixa.
Faltam números exatos sobre contratos, repasses e pagamentos a
funcionários terceirizados. E boa parte dessas informações está ou tem o
acesso desses comissionados, ou terceirizados, como queiram chamar.
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