- Criado em Quarta, 17 Dezembro 2014 08:12
- Escrito por Ascon RCN
Além disso, a população do DF deverá rever um filme velho. E triste.
O
governador derrotado do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, decidiu não
comparecer ao palácio do Buriti no dia 1º de janeiro para a cerimônia de
transmissão do cargo ao governador eleito Rodrigo Rollemberg.
O
vice-governador Tadeu Filipelle (PMDB) ou o secretário de Administração
Pública, Wilmar Lacerda, estariam escalados para receber o novo
governador e passar a faixa governamental simbologia do cargo. Segundo
informações da Casa Civil, o governador Agnelo estaria com passaporte
tirado para uma viaje de descanso aos Estados Unidos com a família antes
do réveillon.
Esse filme é velho
Vale
lembrar que o discurso a ser feito por Rollemberg (PSB) no próximo dia
1º de janeiro de 2015 é uma reprise do mesmo discurso feito pelo então
governador eleito Agnelo Queiroz (PT) durante o ato de sua posse
ocorrida no dia 1º de janeiro de 2011 na Câmara Legislativa.
Em
uma rápida pesquisa em jornais da época, o radar apurou o que foi dito
por Agnelo na ocasião ao receber o “governo tampão” das mãos de Rogério
Rosso.
“Não
é aceitável que a capital federal seja percebida como sinônimo de
corrupção, falcatruas e negociatas. Não é aceitável que uma cidade que
nasceu para ser modelo seja hoje motivo de achincalhe e piada nacional -
afirmou.
E o que aconteceu?
Corrupção,
falcatruas e negociatas foram o que mais aconteceu durante o governo de
Agnelo Queiroz, inclusive com alguns administradores presos por
integrar a máfia dos alvarás.
O que disse Agnelo:
“Meu
compromisso é com a ética, a transparência a seriedade nos gastos
públicos (rsss...). Nós estamos com a economia extremamente desequilibrada.
Estamos no limite máximo da Lei de Responsabilidade Fiscal. Portanto,
não podemos dar aumentos. Para honrar os compromissos e fazer os
investimentos que a cidade precisa, é necessário cortar gastos e
aumentar a receita - afirmou.
E o que aconteceu?
Agnelo
não foi sério e nem transparente e entregará o governo pior do que
recebeu em 2011 com um déficit de R$ 3,8 bilhões. Desse valor, R$ 600
milhões serão em dívidas que a nova equipe de gestão terá de arcar a
partir de 2015.
O que disse Agnelo:
“A situação da saúde é dramática. Vamos tomar medidas emergenciais, como recomposição de equipamentos, pequenas obras, liberação de centros cirúrgicos, melhoraria da estrutura dos prontos-socorros . Nossa intenção é colocar essas 14 UPAs em funcionamento antes de completar seis meses de governo. Quero dar pelo menos dignidade aos doentes e resolver esse grande problema de saúde pública de Brasília - afirmou.
“A situação da saúde é dramática. Vamos tomar medidas emergenciais, como recomposição de equipamentos, pequenas obras, liberação de centros cirúrgicos, melhoraria da estrutura dos prontos-socorros . Nossa intenção é colocar essas 14 UPAs em funcionamento antes de completar seis meses de governo. Quero dar pelo menos dignidade aos doentes e resolver esse grande problema de saúde pública de Brasília - afirmou.
E o que aconteceu?
Na
verdade, o que se teve nesses últimos quatro anos foi um atraso em
relação à saúde pública, especialmente no que diz respeito à contratação
de médicos. Quase uma dezena de pessoas morreram nas portas dos
hospital por falta de atendimento e ainda teve um secretario de saúde
que surpreendente disse que a população do DF tem o mau hábito de
procurar hospital à noite.
O que disse Agnelo:
“Vamos demonstrar isso com atitude, não adianta falar apenas. Vamos recuperar o orgulho do brasiliense e mostrar a todos os brasileiros que somos um povo honesto. A imagem da cidade não pode ser maculada pela ação de alguns - afirmou.
“Vamos demonstrar isso com atitude, não adianta falar apenas. Vamos recuperar o orgulho do brasiliense e mostrar a todos os brasileiros que somos um povo honesto. A imagem da cidade não pode ser maculada pela ação de alguns - afirmou.
E o que aconteceu?
O
orgulho da população segue ferido com a cidade engolida pelo mato, pelo
lixo, sem transportes, sem saúde, sem salários e sem a tradicional
festa de réveillon.
A população espera que os discursos da enganação não se repitam em 2018.
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