Deu no Correio Braziliense
Em 2013, os protestos contra o aumento das tarifas de ônibus levaram o país inteiro a uma onda de manifestações. As reivindicações se estenderam para melhorias nos serviços públicos, em áreas como saúde e educação, além do combate à corrupção. Com as reivindicações, os políticos tiveram de reagir. Em respostas, analisaram um projeto de reforma eleitoral, que chegou a ser aprovado, mas de forma bem enxuta. As mobilizações foram maiores desde as realizadas pelo impeachment do ex-presidente Fernando Collor.
Agora, grupos contrários ao recente aumento do preço do transporte público, como o Movimento Passe Livre e o Tarifa Zero, voltaram às ruas quarta-feira para protestar contra o reajuste nas tarifas de ônibus. Em Salvador, manifestantes saíram do Largo do Campo Grande em direção à Estação da Lapa. Na capital baiana, a passagem passou de R$ 2,80 para R$ 3, no dia 2/1. Na descrição do ato em uma rede social, os organizadores diziam “Ano-novo, tarifa nova, vida ainda mais difícil. Mas, que fique claro, não vamos ficar de braços cruzados! Não é de hoje que estamos dizendo: se a tarifa aumentar, Salvador vai parar”.
Em Joinville (SC), o protesto começou às 18h, na Praça da Bandeira. No ABC Paulista, houve um ato na estação de trem de Mauá. Em São Paulo, onde os protestos contra o aumento das passagens tiveram início em 2013, a manifestação convocada pelas redes sociais tinha 38 mil presenças confirmadas até a noite de ontem.
A concentração para o ato, convocado pelo MPL, começará às 17h, em frente ao Theatro Municipal. Na capital paulista, desde ontem, o preço do transporte coletivo passou de R$ 3 para R$ 3,50. Na tarde de segunda-feira, o movimento promoveu uma reunião pública para discutir o aumento.
SEXTA-FEIRA, NO RIO
No Rio de Janeiro, o MPL promete protestar contra o reajuste das passagens na sexta-feira, às 17h, na Cinelândia. Desde o dia 2, os preços de ônibus municipais subiram de R$ 3 para R$ 3,40.
A negativa da Justiça em conceder liminar para impedir o aumento das passagens, na ação civil proposta pelo Ministério Público do estado, é considerada pelo Movimento Passe Livre uma demonstração de que a tarifa tende a aumentar cada vez mais no atual modelo de gestão, “em que os custos ficam com os usuários e as concessionárias têm total liberdade para administrar os serviços”.
No Recife, o ato está agendado para amanhã, às 7h30, em frente à sede do Grande Recife Consórcio de Transporte. Em Florianópolis, a agenda de mobilização começou ontem e vai até o dia 13, quando será realizado um ato, às 17h, no Centro. O movimento também organiza um ato em Belo Horizonte, amanhã, às 17h, na Praça Sete.
Segundo os organizadores, o aumento “exclui a população mais pobre do acesso à cidade, além de aumentar o número de veículos nas ruas, já que as pessoas deixam de usar os ônibus e passam a andar de moto ou de carro”.
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