quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Aumento das passagens traz os jovens de volta às ruas


As manifestações já estão de volta às grandes cidades


Deu no Correio Braziliense


Em 2013, os protestos contra o aumento das tarifas de ônibus levaram o país inteiro a uma onda de manifestações. As reivindicações se estenderam para melhorias nos serviços públicos, em áreas como saúde e educação, além do combate à corrupção. Com as reivindicações, os políticos tiveram de reagir. Em respostas, analisaram um projeto de reforma eleitoral, que chegou a ser aprovado, mas de forma bem enxuta. As mobilizações foram maiores desde as realizadas pelo impeachment do ex-presidente Fernando Collor.


Agora, grupos contrários ao recente aumento do preço do transporte público, como o Movimento Passe Livre e o Tarifa Zero, voltaram às ruas quarta-feira para protestar contra o reajuste nas tarifas de ônibus. Em Salvador, manifestantes saíram do Largo do Campo Grande em direção à Estação da Lapa. Na capital baiana, a passagem passou de R$ 2,80 para R$ 3, no dia 2/1. Na descrição do ato em uma rede social, os organizadores diziam “Ano-novo, tarifa nova, vida ainda mais difícil. Mas, que fique claro, não vamos ficar de braços cruzados! Não é de hoje que estamos dizendo: se a tarifa aumentar, Salvador vai parar”.


Em Joinville (SC), o protesto começou às 18h, na Praça da Bandeira. No ABC Paulista, houve um ato na estação de trem de Mauá. Em São Paulo, onde os protestos contra o aumento das passagens tiveram início em 2013, a manifestação convocada pelas redes sociais tinha 38 mil presenças confirmadas até a noite de ontem.


A concentração para o ato, convocado pelo MPL, começará às 17h, em frente ao Theatro Municipal. Na capital paulista, desde ontem, o preço do transporte coletivo passou de R$ 3 para R$ 3,50. Na tarde de segunda-feira, o movimento promoveu uma reunião pública para discutir o aumento.



SEXTA-FEIRA, NO RIO
No Rio de Janeiro, o MPL promete protestar contra o reajuste das passagens na sexta-feira, às 17h, na Cinelândia. Desde o dia 2, os preços de ônibus municipais subiram de R$ 3 para R$ 3,40.



A negativa da Justiça em conceder liminar para impedir o aumento das passagens, na ação civil proposta pelo Ministério Público do estado, é considerada pelo Movimento Passe Livre uma demonstração de que a tarifa tende a aumentar cada vez mais no atual modelo de gestão, “em que os custos ficam com os usuários e as concessionárias têm total liberdade para administrar os serviços”.


No Recife, o ato está agendado para amanhã, às 7h30, em frente à sede do Grande Recife Consórcio de Transporte. Em Florianópolis, a agenda de mobilização começou ontem e vai até o dia 13, quando será realizado um ato, às 17h, no Centro. O movimento também organiza um ato em Belo Horizonte, amanhã, às 17h, na Praça Sete.


Segundo os organizadores, o aumento “exclui a população mais pobre do acesso à cidade, além de aumentar o número de veículos nas ruas, já que as pessoas deixam de usar os ônibus e passam a andar de moto ou de carro”.

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