quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Calçadão da Asa Norte imerso em polêmica

  • 24 jan 2014
  • Metro Brazil (Brasilia)
  • METRO BRASÍLIA



Abaixo-assinado pedindo cercamento do espaço, fim dos eventos e ação policial divide moradores da cidade

O debate para restringir o uso do Calçadão da Asa Norte gera reações acaloradas tanto de quem é a favor como de quem é contra a normatização.

 Para o presidente da Aplol (Associação dos Proprietários e Moradores da Orla do Lago Norte), Benedito de Sousa, o barulho que os frequentadores de eventos no local fazem durante a madrugada é enlouquecedor. 

Na contramão, o organizador do maior evento do local, o Picnik no Calçadão, Miguel Galvão, nega as acusações e diz que os moradores estão tendo uma posição elitista e preconceituosa em relação ao píer. “Eles já privatizaram boa parte dos acessos ao lago e agora querem cercar o pouco do que restou de público”, afirma Thiago Muzzi, organizador do Deguste!, outro evento realizado no local.

| ANDRESSA ANHOLETE/METRO BRASÍLIA
Sousa diz que sua causa não é a do silêncio, mas a da ordem. Para ele, só o cercamento do Calçadão poderia garantir o sossego e a manutenção do espaço. “O Calçadão é frequentado durante a madrugada por pessoas que fazem verdadeiras algazarras nos estacionamentos. O que queremos é um bom uso do espaço”, sustenta. 

Ele organizou um abaixo-assinado que já conta com cerca de 2 mil assinaturas para regulamentar o uso do local. No documento, além do cercamento, ele pede a instalação de um posto policial e a proibição de eventos no local. 

Cerca de dois mil moradores pedem a proibição de qualquer evento no local “O Calçadão deveria ser um espaço de prática esportiva, contemplação da natureza, não uma arena de shows.”

Para Galvão, do Picnik, a presença dos eventos faz muito mais bem do que mal para o espaço. “Fomos convidados pela própria Administração de Brasília para ocupar o Calçadão, que antes era dominado pelo tráfico de drogas”, diz. Muzzi complementa dizendo que jamais recebeu nenhuma reclama“Isso é um absurdo. O local é público e temos autorização para fazer os eventos lá. Cercar seria um retrocesso.” ção de morador durante seus eventos. “Estamos totalmente regularizados, não há por que nos proibirem de usar o espaço público”, conclui.

Falta infraestrutura 

Os organizadores concordam com apenas um dos pontos do abaixo-assinado, o que pede maior presença policial na região. O locador de pedalinhos Romero de Oliveira preferiu não defender nenhuma das causas, mas reclama da ausência de infraestrutura. “Antes de cercar seria muito melhor investir na iluminação pública, na instalação de banheiros, quiosques. Isso aqui está um abandono! Se não fossem os comerciantes para fazer a manutenção, já estava tudo detonado”, afirma.


2 comentários:

Si disse...

Essa APLOL é o fim da picada e não representa os moradores do lago Norte. . Sou moradora do Lago Norte,e essa "entidade" foi criada pelos INVASORES da orla quando de nossa movimentação ( Moradores e Movimento Ecológico do Lago) pela liberação da ciclovia da orla que havia sido invadida e a vegetação destruída. Ou seja, não vale achar que todos no Lago Norte são contra os eventos no calçadão. Moro em uma casa BEM próxima ao lago, diretamente em frente em calçadão e reclamo sim dos carros de som até 3,4 horas da manhã, em dia de semana, inclusive. Isso tem que ter um limite: depois de tal hora, abaixa o som, não vira pro Lago as caixas, pq realmente já fiquei noite sem dormir com o barulho. Já o PicNik e outros eventos nunca me incomodaram. É só uma questão de bom senso, limites, combinados, sem precisar dessa brutalidade de cercar e proibir

Anônimo disse...

o picnik tem autorização para um evento? eu gostaria que eles divulgassem esse documento, pois FAZER BARULHO EM AREA RESIDENCIAL É CRIME.

e eles fazem muito barulho sim. Os donos desse NEGÓCIO LUCRATIVO chamado picnik são um bando de CAPITALISTAS. Eles querem sim dominar o calçadão da asa norte de forma ILEGAL, prejudicando os moradores da asa norte e lago norte. Ontem o barulho foi imenso, e se a administração aprovo isso não significa que é LEGAL. Tá todo mundo errado, infringindo as leis e tirando o sossego dos lares próximos ao local do evento.

deveriam ter voz de prisão no ato, mas a polícia também está levando o dela, claro!

No calçadão é permitido fazer barulho, mas aposto que onde o governador, ministro ou delegado mora fazer barulho de passarinho é proibido!

existe sim interesse econômico no calçadão. E esse pessoal do picnik dizer que estão protegendo o lugar de crime e droga foi a piada da reportagem. Não sabia que o picnik tinha poder de polícia. Além do mais, que proteção é essa que só acontece uma vez por mês ? Esse pessoal do Picnik e Deguste são um bando de avarentos, só pensam neles e a população idiota apoia achando que é bonito, pois não é embaixo da janela da casa deles.

prisão para quem faz barulho! fora picnik, bandidos!