29/01/2014
Proteus confirma que atacou policiais com estilete, mas… Ou: O que dirá agora a Frente Única de Difamação da Polícia? Ou ainda: Quando a Defensoria Pública, paga pelos paulistas, se desmoraliza
E agora? O
que dirá a Frente Única de Desmoralização da Polícia, de que fazem
parte setores da imprensa, do Ministério Público e da Defensoria?
Fabrício Proteus Chaves foi ouvido ontem pela polícia. Felizmente, está
fora de perigo. Tanto é assim que pôde dar seu depoimento.
Vamos ver.
Ele
confirma que atacou os policiais com um estilete. Até ontem à tarde,
isso era tratado por setores da imprensa como conversa para boi dormir;
coisa de policiais trogloditas, que vão às ruas para reprimir esses
arautos alados da democracia.
Ele
confirma que todos os artefatos da mochila (menos os explosivos) —
típicos de quem vai para a rua para o confronto — também eram seus. Até
ontem, a palavra do próprio secretário de Segurança, Fernando Grella,
era vista com desconfiança. É claro que se pode duvidar de um
secretário. Mas é preciso que haja motivos para isso.
A versão de Proteus é diferente da dos policiais num único particular. Ele diz que primeiro levou um tiro e só depois reagiu.
Então
ficamos assim: Proteus é um homem de 22 anos que portava uma arma branca
— segundo a sua família, coisa de estoquista… Ele confirma que atacou
mesmo o policial, mas só depois de levar um tiro. Proteus é o homem que,
quando leva um tiro, avança sobre o outro com um estilete. Faz sentido?
Talvez para a Frente Única de Difamação da Polícia, que forma uma sigla
não muito eufônica.
Carlos
Weis, da Defensoria Pública, acredita piamente. Tanto é assim que saiu
do depoimento afirmando que o rapaz agiu em legítima defesa. A
Defensoria Pública é sustentada pelos impostos dos paulistas que
trabalham, não quebram nada nem tentam furar ninguém com um estilete.
Assim,
caros leitores, descarte-se a história de que o policial que atirou é
que o fez para se defender. Nada disso! Teria sido o contrário. Quem
acredita? Do que a Defensoria Pública quer brincar? Que tal de “história
da Carochinha”?
É
estupefaciente que tenhamos de lidar com coisas assim. A versão de
Proteus põe a gente para pensar, não é? Se, ferido com um tiro, ele
ainda saca um estilete do bolso para atacar policiais, a gente se põe a
pensar do que ele não é capaz quando está em ação, sem ferimento nenhum.
Ele nega
que os explosivos também fossem seus. Estes pertenceriam a Marcos
Solomão, que foi detido pelos policiais na rua da Consolação, junto com o
próprio Proteus, que conseguiu escapar.
Assumir que carrega explosivos
sempre complica a situação de um réu — se é que ele vai virar um.
Segundo os
PMs, já ali, na primeira abordagem, ele os ameaçou com o estilete. Será
que os policiais estão mentindo? Pois é… Será que Proteus só avança
contra um policial com um estilete depois de levar um tiro?
Segundo o delegado titular do 4º DP (Consolação), José Gonzaga da Silva Marques, informa a Folha,
os indícios apontam para uma reação de legítima defesa dos PMs.
Fabrício responde a inquérito por desobediência, desacato e resistência.
Cesse tudo
o que a antiga bibliografia cantava. O Brasil não precisa de
Tocqueville. Precisa é de estilete. Não precisa de Congresso. Precisa é
de estilete. Não precisa de Justiça. Precisa é de estilete.
O estilete
é o mais novo instrumento de que dispõe a sociedade brasileira — que,
como se sabe, vive debaixo de uma tirania — contra o estado e seu
aparelho de repressão, as Polícias Militares.
Sinto vergonha até de reproduzir as palavras de alguns. E acho espantoso que não se envergonhem de pronunciá-las.
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