RENATO RIELLA
As pesquisas indicam que os nomes mais valorizados pelos eleitores na eleição de governador do DF são quatro, todos com difícil viabilização.
O mais forte em todas as pesquisas é Joaquim Roriz, com potencial de até 30% em aceitação popular. Se for candidato, certamente estará no segundo turno.
Mas temos de considerar que existe chance quase zero de se ver Roriz disputando novamente eleição em Brasília. Por um lado, existe a questão de saúde.
Ele precisaria fazer transplante de rim para sair do tormento pelo qual passa, ao sofrer sessões diárias de hemodiálise.
Além disso, Roriz está condenado (junto com seu ex-secretário de Comunicação Social, Weligton Moraes), por juiz do DF, em função de contratação irregular de agência de publicidade.
Presume-se que este processo seja julgado por colegiado ainda este ano, o que tornaria o ex-governador inelegível, de acordo com a Lei da Ficha Limpa.
Roriz tem ainda outra ameaça. Alega-se que, tendo renunciado ao Senado em 2007, fugindo de processo de cassação no Conselho de Ética, seria inelegível – também por causa da Lei da Ficha Limpa.
ARRUDA TEM UM CAMINHÃO E
MAIS UMA CAÇAMBA DE PROCESSOS
Outro que aparece destacado em pesquisas (bem abaixo do Roriz) é o famigerado ex-governador José Roberto Arruda. Este é tão perigosamente convincente, que enorme quantidade de gente acredita na sua volta como homem forte da política no DF. O povo não se emenda!
Arruda tem cerca de 20 processos nas costas, podendo fechar este ciclo judicial, dentro de alguns anos, com cerca de 100 anos de condenação – e mais a obrigação de devolver ao governo mais de R$ 100 milhões. Mesmo assim não baixa a bola.
O processo mais maduro contra Arruda é o do Painel do Senado, no qual ele já foi condenado em primeira instância a cinco anos de prisão. Se dançar em segunda instância, ficará inelegível pela Lei da Ficha Limpa. Mas há tantos outros, que um destes estourará antes da campanha eleitoral.
O terceiro nome forte das pesquisas é Reguffe. Este, mesmo se conseguir ser escolhido candidato a governador pelo PDT, terá dificuldade para se fazer conhecer fora do círculo onde hoje é forte.
Para a chamada periferia, formada por cidades de populações mais carentes, o discurso da ética não tem efeito.
O quarto político nas pesquisas é a deputada distrital Eliane Pedrosa, que já foi secretária de Serviços Sociais. Nessa condição, fez um amplo mailing de pessoas carentes, muito útil em campanha eleitoral.
Ela tem o partido PPS como grande limitador. Na verdade, de forma contraditória, sendo uma autêntica representante da direita, com reconhecidos interesses empresariais no DF, Eliana logo entrou no PPS, o antigo Partidão, Partido Comunista Brasileiro.
Nada mais incoerente.
QUEM DEVE MESMO
SER CANDIDATO?
Há quatro nomes que despontam como candidatos a governador, todos “ostentando” nas pesquisas atuais percentuais abaixo dos 10%, na média.
O mais óbvio é o governador Agnelo Queiroz. Blogs insistem que o PT vai trocar ele por outro nome (quem? Magela? Bergue? Arlete? Wasny?)
Não dá para acreditar mais em mudança. O candidato tende a ser mesmo Agnelo, que vai tentar sair lá de baixo nas pesquisas para tentar ocupar posição num dificílimo segundo turno.
O senador Rodrigo Rollemberg (PSB) é um candidato a governador praticamente garantido.
Como ele tem mais quatro anos de mandato no Senado, pode arriscar sem perder nada. Além disso, o governador do seu partido, Eduardo Campos, candidato a presidente, precisa de um palanque em Brasília.
Rollemberg está escalado para disputar a eleição, mas ainda não acordou para a necessidade de ocupar espaço.
Hoje a população nem sabe direito que ele será candidato e nem conhece suas propostas (na verdade, talvez conheça a proposta discutível de se eleger administrador regional no DF).
Toninho do PSOL mais uma vez deve ser candidato. Ele é marido da ex-deputada Maninha. Esta, se aceitasse ser candidata a governadora, teria muito mais chance.
Maninha é conhecida, exerceu mandatos importantes no DF e tem postura eleitoral mais agressiva. Num possível debate em TV, essa ex-deputada quase certamente seria a melhor entre todos os candidatos e poderia dar trabalho aos concorrentes. Mas parece que teremos mesmo o Toninho, de novo.
A quarta opção na disputa do governo vem do PSDB. Meu palpite é de que o candidato a presidente, Aécio Neves, vai escolher o deputado Luiz Pitiman para concorrer como candidato a governador.
No entanto, o também deputado federal Izalci Lucas está na disputa interna do partido, assim como o ex-secretário de Obras do Arruda, Márcio Machado.
Se for Pitiman, vai dar trabalho, pois é um trator em matéria de campanha eleitoral. O PT já percebeu isso e começou a bater no Pitiman antes da hora, pois ele ainda aparece discretamente nas pesquisas.
O certo é que não existe entusiasmo popular em relação aos candidatos a governador.
Quem sabe depois da Copa!
As pesquisas indicam que os nomes mais valorizados pelos eleitores na eleição de governador do DF são quatro, todos com difícil viabilização.
O mais forte em todas as pesquisas é Joaquim Roriz, com potencial de até 30% em aceitação popular. Se for candidato, certamente estará no segundo turno.
Mas temos de considerar que existe chance quase zero de se ver Roriz disputando novamente eleição em Brasília. Por um lado, existe a questão de saúde.
Ele precisaria fazer transplante de rim para sair do tormento pelo qual passa, ao sofrer sessões diárias de hemodiálise.
Além disso, Roriz está condenado (junto com seu ex-secretário de Comunicação Social, Weligton Moraes), por juiz do DF, em função de contratação irregular de agência de publicidade.
Presume-se que este processo seja julgado por colegiado ainda este ano, o que tornaria o ex-governador inelegível, de acordo com a Lei da Ficha Limpa.
Roriz tem ainda outra ameaça. Alega-se que, tendo renunciado ao Senado em 2007, fugindo de processo de cassação no Conselho de Ética, seria inelegível – também por causa da Lei da Ficha Limpa.
ARRUDA TEM UM CAMINHÃO E
MAIS UMA CAÇAMBA DE PROCESSOS
Outro que aparece destacado em pesquisas (bem abaixo do Roriz) é o famigerado ex-governador José Roberto Arruda. Este é tão perigosamente convincente, que enorme quantidade de gente acredita na sua volta como homem forte da política no DF. O povo não se emenda!
Arruda tem cerca de 20 processos nas costas, podendo fechar este ciclo judicial, dentro de alguns anos, com cerca de 100 anos de condenação – e mais a obrigação de devolver ao governo mais de R$ 100 milhões. Mesmo assim não baixa a bola.
O processo mais maduro contra Arruda é o do Painel do Senado, no qual ele já foi condenado em primeira instância a cinco anos de prisão. Se dançar em segunda instância, ficará inelegível pela Lei da Ficha Limpa. Mas há tantos outros, que um destes estourará antes da campanha eleitoral.
O terceiro nome forte das pesquisas é Reguffe. Este, mesmo se conseguir ser escolhido candidato a governador pelo PDT, terá dificuldade para se fazer conhecer fora do círculo onde hoje é forte.
Para a chamada periferia, formada por cidades de populações mais carentes, o discurso da ética não tem efeito.
O quarto político nas pesquisas é a deputada distrital Eliane Pedrosa, que já foi secretária de Serviços Sociais. Nessa condição, fez um amplo mailing de pessoas carentes, muito útil em campanha eleitoral.
Ela tem o partido PPS como grande limitador. Na verdade, de forma contraditória, sendo uma autêntica representante da direita, com reconhecidos interesses empresariais no DF, Eliana logo entrou no PPS, o antigo Partidão, Partido Comunista Brasileiro.
Nada mais incoerente.
QUEM DEVE MESMO
SER CANDIDATO?
Há quatro nomes que despontam como candidatos a governador, todos “ostentando” nas pesquisas atuais percentuais abaixo dos 10%, na média.
O mais óbvio é o governador Agnelo Queiroz. Blogs insistem que o PT vai trocar ele por outro nome (quem? Magela? Bergue? Arlete? Wasny?)
Não dá para acreditar mais em mudança. O candidato tende a ser mesmo Agnelo, que vai tentar sair lá de baixo nas pesquisas para tentar ocupar posição num dificílimo segundo turno.
O senador Rodrigo Rollemberg (PSB) é um candidato a governador praticamente garantido.
Como ele tem mais quatro anos de mandato no Senado, pode arriscar sem perder nada. Além disso, o governador do seu partido, Eduardo Campos, candidato a presidente, precisa de um palanque em Brasília.
Rollemberg está escalado para disputar a eleição, mas ainda não acordou para a necessidade de ocupar espaço.
Hoje a população nem sabe direito que ele será candidato e nem conhece suas propostas (na verdade, talvez conheça a proposta discutível de se eleger administrador regional no DF).
Toninho do PSOL mais uma vez deve ser candidato. Ele é marido da ex-deputada Maninha. Esta, se aceitasse ser candidata a governadora, teria muito mais chance.
Maninha é conhecida, exerceu mandatos importantes no DF e tem postura eleitoral mais agressiva. Num possível debate em TV, essa ex-deputada quase certamente seria a melhor entre todos os candidatos e poderia dar trabalho aos concorrentes. Mas parece que teremos mesmo o Toninho, de novo.
A quarta opção na disputa do governo vem do PSDB. Meu palpite é de que o candidato a presidente, Aécio Neves, vai escolher o deputado Luiz Pitiman para concorrer como candidato a governador.
No entanto, o também deputado federal Izalci Lucas está na disputa interna do partido, assim como o ex-secretário de Obras do Arruda, Márcio Machado.
Se for Pitiman, vai dar trabalho, pois é um trator em matéria de campanha eleitoral. O PT já percebeu isso e começou a bater no Pitiman antes da hora, pois ele ainda aparece discretamente nas pesquisas.
O certo é que não existe entusiasmo popular em relação aos candidatos a governador.
Quem sabe depois da Copa!
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