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Joaquim Domingos Roriz, o promotor de invasões e grilagem de terras. Essa é a primeira razão para não votar neste nocivo, que com o lucrativo negócios das invasões, criou seu…



Joaquim Domingos Roriz, o promotor de invasões e grilagem de terras. Essa é a primeira razão para não votar neste nocivo, que com o lucrativo negócios das invasões, criou seu reduto eleitoral e beneficiou diversos aliados políticos e grileiros de terra. E Roriz já prometeu novos loteamentos se for eleito.


Veja neste vídeo do DFTV em 2007 uma matéria sobre o Itapoã e nele, algumas pérolas que destacamos:

  • 1:47 – Como começou a invasão;
  • 2:07 – Um invasor fala: “Isso não é uma invasão, é uma guerra porque ninguém vai sair daqui, teve gente fazendo pavio de gasolina pra jogar em quem entrasse aqui (para retirá-los)”;
  • 2:06 – Essa é a melhor: Joaquim Roriz, em palanque no Itapoã, fala: “Vocês já tão lá dentro mesmo, né? Tirar? Polícia minha não tira!”.

Um pouco da história Rorizenta sobre as invasões no DF

 


Bem diferente do que ocorreu em 1971 com a Campanha da Erradicação de Invasões (A CEI, hoje conhecida como Ceilândia), Roriz viu uma oportunidade surgir com uma necessidade. 

Em 1990 o Governador, que tinha acabado de assumir o seu segundo mandato na primeira eleição direta do DF (o primeiro foi por indicação do presidente Sarney) e tinha sido Ministro da Agricultura por 15 dias no governo Collor, viu um Plano Piloto com várias invasões, pondo em risco o título de Patrimônio Histórico da Humanidade e a qualidade de vida de Brasília.


Um gesto que poderia ser reconhecido como nobre, pois ao mesmo tempo que cuidava da cidade, Roriz dava oportunidade aos invasores. Porém, a forma demagógica de distribuição de lotes criaria seu embrião nocivo. 

O próprio Senador Cristovan Buarque bem definiu: “A gênese não está no programa de governo de Joaquim Roriz, e sim no desenvolvimento equivocado que o Brasil seguiu concentrando. No entanto, ele (Roriz) agregou um atrativo, que foi a distribuição de lotes de forma fisiológica, sem critérios e cuidados.


E surgiu Samambaia.


Em 1978 o governo criou o Plano Estrutural de Ordenamento Territorial, que previa a criação de cidades entre Taguatinga e Gama, mas em 1989 o PEOT foi alterado e milhares de famílias foram assentadas, sendo literalmente largadas para construirem sua própria cidade.



Sua urbanização foi lenta e a facilidade em conseguir lotes atraiu gente de toda espécie além daquelas que realmente necessitavam, criando problemas de toda sorte, principalmente saúde e segurança. E também criou um novo e lucrativo mercado: o do comércio de lotes.



E também estava criado um importante mercado político: o curral eleitoral.



Muitos afins de Joaquim Roriz viram nisso uma oportunidade financeira e política e logo a política de assentamentos tomaria força. São Sebastião, Santa Maria, Recanto das Emas e Riacho Fundo surgem e crescem sob a mesma política desordenada, mas com a clara intenção de “juntar a fome com a vontade de comer”: a imigração seria absorvida e preservaria a capital, mas também a oportunidade de currais eleitorais era certa, sem contar os negócios envolvendo loteamentos irregulares.



Tal “negócio” toma tamanha proporção que a grilagem de terras no DF passa a ser uma prática comum. Cidades tradicionais como Brazlândia e Planaltinha experimentam invasões e o “negócio” vai crescendo assustadoramente. Nomes como José Edmar, Pedro Barbudo e Pedro Passos surgiriam para liderar o “mercado”



Surge a Estrutural. Por meio de projeto de lei do deputado distrital José Edmar (PMDB) em 1993, uma onda de assistencialismo invade as famílias do lixão da Estrutural. 

O governo Cristovam, recém eleito em 1994, tem dificuldades em impedir o crescimento da invasão, incentivada por políticos locais como Luiz Estevão, José Edmar, Fábio Simão e outros grileiros profissionais, ajudando os invasores com ônibus, lanches, material de construção e dinheiro. 

Vários confrontos se sucedem e, mesmo derrubando vários barracos, o governo vê novos barracos sendo criados a cada dia, até a tragédia final.



Em agosto de 1998, em pleno ano eleitoral, um soldado da PM morre com um tiro na cabeça durante operação de desarmamento. No dia seguinte, PMs invadem casas e suspeitos de terem participado do assassinato do policial são mortos. 

É criado o rótulo “Polícia do PT”. Os moradores da Estrutural protestam e, insuflados por aliados de Roriz para registrarem os fatos em ano eleitoral, induzem ao confronto com a polícia e tudo foi filmado para ser usado contra Cristovam nas eleições de 98.



Roriz vence e assume em 1999, onde desde então remoção de barracos foram suspensas. Estava consolidada a favela Estrutural, que depois se transformaria na Vila Estrutural, ainda com graves problemas de urbanização, saúde e segurança.



Surge o Itapoã. A invasão incentivada pelos grileiros cria a segunda maior favela do DF. Pessoas são arregimentadas para se fixar no local, grileiros fazem a festa depois que a Aeronáutica, ao tentar preservar o seu espaço público, cansou de esperar uma atitude do governo e relaxou na vigilância. Velhos nomes como José Edmar agora se somariam a de Pedro Barbudo na grilagem de terras. Hoje a “cidade” é foco de um dos principais índices de criminalidade do DF.



Isso tudo sem contar com a grilagem e a invasão de Vicente Pires, Arniqueiras, condomínios na Ceilândia e tantos outros exemplos que seriam exaustivos citá-los todos.



Promoção de invasões e grilagem de terras. A tônica da “terra sem lei” é uma das principais características Rorizentas e essa é uma das razões pelo qual não votamos (e não desejamos que se vote) nesse populista demagogo.