domingo, 16 de fevereiro de 2014

SERÁ QUE MANCHETE EM FRANCÊS VENDE JORNAL?

RENATO RIELLA

Há muito tempo atrás, dei manchete que esgotou completamente a tiragem do Correio Braziliense nas bancas: “Acharam Pedrinho”. (Dias depois, soube-se que foi alarme falso de um delegado do Paraná). A responsável pela venda de jornais era Dona Alina, que no dia seguinte me deu a maior bronca por não ter mandado aumentar o número de jornais à venda nas bancas. Surreal!


Lendo a edição de hoje do Correio, vejo que primeira página (e manchete) já não é estratégico para vender exemplares. Isso porque encontro na capa do jornal uma jogada genial: a manchete e a primeira página estão totalmente em francês. Internamente, explica-se: foi um projeto de marketing da Air France, que está lançando o voo direto Brasília-Paris.

Presume-se que uma pequeníssima parcela da população brasiliense (0,1%?) leia em francês. Como o Correio deve ter recebido uma grana preta da Air France, compreende-se a decisão.

Só gostaria de saber se isso, de alguma forma, afetou as vendas dominicais. Ou manchete em português/brasileiro não vende mais nada?

Se estivesse editando a primeira página do Correio deste domingo destacaria o debate interminável sobre a operação-tartaruga da Polícia Militar. Mas não dá para explicar assunto tão complicado em francês (se bem que, nem em português).

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