25/03/2014 17h44
Nota de crédito do Brasil foi reduzida pela agência 'Standard & Poor's'.
'O fluxo de investidores deu uma travada há muito tempo', diz analista.
A redução da nota de classificação do crédito do Brasil
pela agência Standard & Poor's nesta segunda-feira (24) só confirma
um cenário sobre a economia do país que já vem se repetindo há algum
tempo, apontam analistas ouvidos pelo G1: a desconfiança dos investidores externos sobre a capacidade de crescimento do país.
“Eu não vejo mudança de clima, mas uma confirmação de um cenário que vem sendo avisado há muito tempo. O fluxo de investidores deu uma travada há muito tempo”, avalia o analista Jason Vieira, diretor-geral do portal de informações financeiras MoneYou.
Por isso, o rebaixamento contribui para que a situação econômica do país não avance. “Estamos precisando de capital externo, a arrecadação não está ajudando, por mais que bata recorde, a sensação de mercado é que precisamos desse dinheiro”, disse Vieira.
No seu corte, a S&P apontou em sua justificativa sinais pouco claros da política econômica do governo, que enfrenta frágil quadro fiscal e desaceleração do crescimento do país.
A última vez que uma agência de classificação de risco alterou a nota do país tinha sido pela própria S&P, em novembro de 2011, quando a nota subiu de BBB- para BBB (cenário que se inverteu nesta segunda). Em 2011 aconteceu também os dois últimos movimentos sobre as notas de crédito do pais, pela Moody’s (nota subiu de Baa3 para Baa2) e pela Fitch (nota sobe de BBB- para BBB).
Em outubro de 2013, porém, a Moody's reduziu a perspectiva do rating soberano brasileiro para "estável", de "positiva". No ano passado, a S&P também tinha colocado a nota em perspectiva negativa.
De acordo com Vieira, um dos fatores que causam essa desconfiança é a área fiscal brasileira. “Esse é o grande problema que tem o curto prazo, a discussão do governo não condiz com a realidade. Isso gera desconfiança dos investidores externos. O risco regulatório afeta o econômico”, disse.
No último dia 14, por exemplo, a Bovespa fechou no menor nível desde abril de 2009, puxada pelas ações das companhias de energia, após o governo anunciar medidas de ajuda ao setor. A agência de classificação de risco Fitch Ratings avaliou que as medidas eram um "sinal" de aumento do risco regulatório no setor elétrico brasileiro.
“A Fitch recentemente fez um alerta sobre a interferência do governo no setor elétrico e da Petrobras”, disse Pedro Galdi, analista de investimento da SLW Corretora. Para ele, o rebaixamento da S&P não e novidade. “O Brasil não cresce e as contas públicas estão vindo feias”.
Galdi disse acreditar que as demais agências devem esperar mudanças de governo antes de tomar decisões de rebaixar suas notas. “Os próximo governo deve tomar decisões fortes”, disse.
“Eu não vejo mudança de clima, mas uma confirmação de um cenário que vem sendo avisado há muito tempo. O fluxo de investidores deu uma travada há muito tempo”, avalia o analista Jason Vieira, diretor-geral do portal de informações financeiras MoneYou.
Por isso, o rebaixamento contribui para que a situação econômica do país não avance. “Estamos precisando de capital externo, a arrecadação não está ajudando, por mais que bata recorde, a sensação de mercado é que precisamos desse dinheiro”, disse Vieira.
No seu corte, a S&P apontou em sua justificativa sinais pouco claros da política econômica do governo, que enfrenta frágil quadro fiscal e desaceleração do crescimento do país.
A última vez que uma agência de classificação de risco alterou a nota do país tinha sido pela própria S&P, em novembro de 2011, quando a nota subiu de BBB- para BBB (cenário que se inverteu nesta segunda). Em 2011 aconteceu também os dois últimos movimentos sobre as notas de crédito do pais, pela Moody’s (nota subiu de Baa3 para Baa2) e pela Fitch (nota sobe de BBB- para BBB).
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Em outubro de 2013, porém, a Moody's reduziu a perspectiva do rating soberano brasileiro para "estável", de "positiva". No ano passado, a S&P também tinha colocado a nota em perspectiva negativa.
De acordo com Vieira, um dos fatores que causam essa desconfiança é a área fiscal brasileira. “Esse é o grande problema que tem o curto prazo, a discussão do governo não condiz com a realidade. Isso gera desconfiança dos investidores externos. O risco regulatório afeta o econômico”, disse.
No último dia 14, por exemplo, a Bovespa fechou no menor nível desde abril de 2009, puxada pelas ações das companhias de energia, após o governo anunciar medidas de ajuda ao setor. A agência de classificação de risco Fitch Ratings avaliou que as medidas eram um "sinal" de aumento do risco regulatório no setor elétrico brasileiro.
“A Fitch recentemente fez um alerta sobre a interferência do governo no setor elétrico e da Petrobras”, disse Pedro Galdi, analista de investimento da SLW Corretora. Para ele, o rebaixamento da S&P não e novidade. “O Brasil não cresce e as contas públicas estão vindo feias”.
Galdi disse acreditar que as demais agências devem esperar mudanças de governo antes de tomar decisões de rebaixar suas notas. “Os próximo governo deve tomar decisões fortes”, disse.
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