Dilma com o ex-ministro das Cidades, Mário Negromonte (PP-BA), um dos nomes cotados a aparecer nas gravações da Polícia Federal
Dilma com Fernando Collor de Mello, outro suspeito de operações nada republicanas na Petrobras.
Dilma, no seu modelito laranja da Petrobras, com o deputado Luiz
Argôlo (PP-BA), já flagrado nos grampos da Polícia Federal em rolos com a
estatal.
Petistas e integrantes da cúpula
do governo apostam que, se a CPI da Petrobras não for enterrada nesta semana,
como eles esperam, a polêmica em torno da compra da refinaria de Pasadena tenderá
a "morrer" em breve. Para o grupo, apesar das
declarações de José Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras, segundo o
qual a presidente Dilma Rousseff tem, sim, responsabilidade pelo negócio, a
estratégia da oposição de manter a petista no foco do debate não prosperará por
muito mais tempo.
Em entrevista publicada anteontem
em "O Estado de S. Paulo", Gabrielli disse que Dilma "não pode
fugir à responsabilidade" no caso, mas não fez acusação concreta à
presidente, que chefiava o Conselho de Administração da Petrobras quando o
negócio de Pasadena foi aprovado.
Nas contas internas, o noticiário
das próximas semanas será dominado pela quebra de sigilo dos 34 celulares do
doleiro Alberto Youssef, pivô da Operação Lava Jato. A Polícia Federal suspeita
que Youssef tinha vasta conexão com autoridades públicas.
Para não alimentar a polêmica em
torno da Petrobras, o Planalto adotou a estratégia de colocar panos quentes na
declaração de Gabrielli. Alguns interlocutores que, até a semana passada,
celebravam achar ter conseguido tirar da presidente do foco do negócio,
admitiam ontem o temor de ver a chefe mais uma vez envolvida no caso.
Hoje a ministra do Supremo
Tribunal Federal Rosa Weber deverá tomar a decisão sobre a abrangência da CPI
da Petrobras; se ampla, como quer o governo, ou restrita, como deseja a
oposição.
O Planalto não quer CPI alguma,
mas trabalha por uma investigação mais extensa, incluindo suspeitas de
irregularidades na oposição. Assim, calcula desarmar o ímpeto do PSDB e do PSB
por um inquérito parlamentar. Já esses duas siglas operam por uma CPI focada na
Petrobras para investigar o governo. (Folha de São Paulo)
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