terça-feira, 22 de abril de 2014

Modelo do pão e circo do PT está no fim




Jorge Oliveira


Publicado: 21 de abril de 2014 às 6:52



Alemanha, Berlim – Vamos botar os pingos nos is: é imoral que o governo da Dilma gaste 65 bilhões de reais com o Bolsa Família, 20% a mais do que investe na educação. Quase 15 milhões de famílias estão nesse programa que forma o maior contingente de cabo eleitoral do mundo, uma vergonha nacional. Na ditadura militar dizia-se que manter um país de analfabetos era ter o apoio da massa alienada e subjugada  que se contentava com o pão e circo oferecido pelos déspotas. O governo petista adota o mesmo critério no poder: gasta uma montanha de dinheiro para domesticar milhões de miseráveis com recursos que poderiam ser aplicados na educação e na infraestrutura para gerar emprego e renda ao invés dessa doação terceiro-mundista. Um escárnio.


Já foi pior, mas ainda continua desastrosa a política da presidente Dilma. No governo Lula – que fazia apologia do analfabetismo, orgulhoso de não ter estudado e chegado à presidência – os recursos do Bolsa Família eram 60% maiores do que os aplicados na educação, o que até se justificava para um presidente avesso aos livros e à cultura e que governou com factoides. Um deles, o “Fome Zero”, prometia acabar com a fome no Brasil em quatro anos. Como a iniciativa não saiu do papel, expandiu o programa mais demagogo que se tem notícia na história do país, o Bolsa Família. Idealizado por Fernando Henrique Cardoso, atende a um batalhão de esfomeados que hoje vivem como parasitas à sombra do governo. Ao criar o programa, FHC renunciou as suas teses sociológicas ao preferir a intervenção demagógica e populista do estado a alternativas de projetos sociais de mais estabilidade para combater a pobreza e a miséria.


Esse gigantesco curral eleitoral – que garantiu a reeleição do FHC – foi o ovo de colombo para o PT. Lula viu nessa genialidade populista a chance também da reeleição. Juntou todos os “programinhas” na mesma sacola e criou o Bolsa Família. Desde então o país deixou de pensar. Atualmente, mais de 40 milhões de pessoas são contempladas com esse  assistencialismo e milhares delas permanecem escravas desse programa. O governo é incapaz de desenvolver projetos para capacitá-las visando a redução dessa dependência.


O Bolsa Família é paternalista e eleitoreiro. Se a idéia era a distribuição de renda, o programa não passa de um pacote fisiológico a serviço da reeleição. Como se sabe, investir na educação ainda é o caminho mais correto para uma transformação social. Mas na visão retrógrada petista o caminho mais curto é empregar o dinheiro público em caridades na falta de programas sociais consistentes para combater a miséria. É por causa dessa leviandade que parte da população está anestesiada. Milhares de crianças atoladas no crack, a periferia infestada de traficantes, a saúde em coma com os  hospitais sucateados, as escolas abandonadas e a violência incontrolável. É o Brasil que anda para trás há 12 anos, desde que o PT chegou ao poder com um monte de sindicalistas incompetentes e desqualificados ocupando os principais espaços do governo para fazer negociatas.


O modelo, porém, se exauriu. Aliás, nunca existiu modelo. A própria ministra do Planejamento, Miriam Belchior já disse numa entrevista que o “país tinha pressa e o PT preferiu tocar obras a fazer projetos”. Quanta irresponsabilidade! O resultado dessa leviandade já se reflete nas pesquisas. Na última, Dilma caiu novamente. Agora, com 36%, está muito longe dos quase 70% de aprovação de maio do ano passado. Além disso, entre os candidatos a presidente é a que tem a maior rejeição. Outro número que assusta o governo: quase 70% dos entrevistados querem mudança, mas sem a Dilma.


O brasileiro não quer apenas pão e circo. Quer mais: quer saúde, educação, segurança e transporte público. E isso, infelizmente, o PT não oferece.

 Comentarios

  • Rubens Alberto · 
    E SO TIRAR O DIREITO DE VOTAR DOS BENEFICIARIO DO BOLSA ESMOLA QUE OS NOSSOS ``HONESTOS´´ POLITICOS ACABAM COM O REFERIDO PROGRAMA, POIS O QUE INTERESSAM A ELES E O CURRAL ELEITORAL.
     
    Jose Divonir Peri Divonir ·
    boa ideia..

  • William Souza · 
    Falou tudo ! Enquanto os Bolsa-Esmoleiros se preocupam em fazer filho para receber R$ 50 por cabeça, o país vai afundando
  • Maria Do Ceu Gomes Do Ceu · 
    Perfeito, sem retoques e sem comentários.
  • Joao Preis ·
    Estamos a beira do abismo,a falta de comando,e incompetencia de Lula,, e Dilma,esta acabando com a economia Brasileira
  • Lico Azevedo · 
    Conheço uma brasileira que mora em Portugal (casada com um português) que recebe o bolsa-família. Uma vez por ano ela volta em férias para sua cidade natal situada no nordeste brasileiro, vai ao Banco do Brasil e saca toda quantia alí depositada. Ela não abre mão desse seus sagrado direito. Este é o bolsa-família do PT!!!!!
  • Rosa Casta · 
    Nada contra a bolsa que tira da miséria e aplaca a fome. mas cidadania não passa por aí. Só quem trabalha e paga os impostos ( ou seja alavanca o país) deveria ser autorizado a votar. Os bolsa família se quiserem ser cidadãos plenos tem que tentar sair dela. O que era para ser uma ajuda, um inventivo, virou meio de vida. Tá errado. Vamos acabar com isso.
    • Lico Azevedo ·
      Rosa, pense bem, o bolsa-família não tira ninguém da miséria nem aplaca sua fome, seu valor médio é próximo a R$ 100,00, por mês, ou seja R$ 3,33333 reais por dia. Esse valor não dá para comprar nem comida de lixão, paga uma dose de pinga!!!!!!
    • Maria Tereza · 
      Certíssimo, com R$ 100,00 , ninguém sai da extrema pobreza. É muita mentira desta PeTralhada. É puramente eleitoreiro, para ganhar voto e nada mais. Os petralhas deveriam adotar uma pessoa do bolsa família.
  • Nelson Valente · 
    Prezado Jorge, li e reli seu artigo: "Modelo do pão e circo do PT está no fim ". Excelente ! A educação é o caminho, antes que o país afunde de vez na ignorância, miséria e violência. Além disso, há o desprezo pelas regras gramaticais e ortográficas, como se houvesse um desejo recôndito de prestigiar a ignorância. Ou seja, ninguém deve dar bola para a gramática e a ortografia.
    O governo cultiva a miséria como se fosse um patrimônio. Gasta boa parte dos recursos destinados à área social em programas de pão e circo que perpetuam a miséria e estimulam a preguiça improdutiva.
    Dessa forma está garantido que os filhos dos miseráveis serão miseráveis e potenciais candidatos a esses mesmos programas sócio-eleitoreiros. Em troca da política de do pão e circo o povo oferece votos.
  • Adamar Nunes Coelho · 
    Bolsa Familia, como bem frisou o Jornalista, é, mais do que tudo, um grande curral eleitoral.
  • Attilio Vennettilli Neto Vennettilli ·
    tem que começar pelo voto facultativo, voto distrital e parlamentarismo.
  • Edward Goncalves ·
    Tai gostei

Nenhum comentário: