segunda-feira, 21 de abril de 2014
Vem aí a Grande Vaia para Dilma...
O pré-candidato do PSDB à
Presidência da República, Aécio Neves, subiu o tom da suas críticas ao governo
federal nesta segunda-feira (21) ao apontar promessas "repetidas em
vão" e "humilhação" de prefeitos pelo Planalto. O senador também citou
"escândalos em série" que envolveriam o governo e que, segundo ele,
"tomaram de assalto" o Brasil.
"O país nos cobra exaltado e
indignado a necessidade de uma reforma política, onde não haja mais qualquer
espaço para a conivência, o aparelhamento, o compadrio político, o desvio de
conduta e a corrupção endêmica que tomou de assalto o Estado nacional",
afirmou.
Aécio foi o orador oficial da
cerimonia de celebração da Inconfidência Mineira, em Ouro Preto (MG), convidado
pelo governador Alberto Pinto Coelho (PP), seu aliado. Ganhou assim um espaço
político em pleno feriado para se manifestar contra o governo Dilma Rousseff. O presidente nacional do PSDB se
referiu à cerimônia como "a mais importante tribuna de Minas quando Minas
fala ao Brasil". E acenou aos prefeitos ao criticar a "insolvência e
insuficiência financeira" das gestões municipais –motivada, segundo Aécio,
pela falta de um pacto federativo.
"Esperamos a hora em que
finalmente a solidariedade política e o espírito público libertarão os senhores
prefeitos do ferrolho da crônica dependência e das humilhantes obrigações em
reverência ao poder central", disse o tucano.
Aécio criticou o que classificou
como "forte recrudescimento da violência" no país, a
"insuficiente e irresponsável" forma de tratar a saúde e problemas da
educação que, para ele, comprometem valores da sociedade. E voltou a falar em
corrupção. "O país também nos exige
rigor, responsabilidade e autoridade para condução dos negócios de Estado e
rechaça de forma vigorosa os escândalos em série, intermináveis, que nos
humilham como povo, que reduzem nossa dimensão perante a comunidade
internacional. Não é esse o Brasil que queremos", disse.
No palanque de 21 de abril com
Aécio na vitrine, não faltaram pedidos de voto. "Senador Aécio, sua vez
chegou: Minas vai elegê-lo presidente da República", discursou o prefeito
de Ouro Preto, José Leandro Filho (PSDB). Na platéia dos convidados, um
grupo do PSDB jovem gritou "Aécio presidente". O governador Pinto
Coelho, anfitrião, disse que "o sonho de Minas está mais vivo do que
nunca".
ENTREVISTA
Em entrevista antes do discurso,
Aécio disse que sua intervenção foi pensada "com os dois olhos no
retrovisor, mas sobretudo no futuro do Brasil". Segundo ele, foi um discurso sobre
"o sentimento que não é mais só de Minas". "O Brasil precisa praticar
valores como a ética e o respeito até aos adversários na disputa política. Há
um sentimento de cansaço e de indignação em relação a muito do que assistimos
hoje de forma corriqueira", afirmou.
Ele voltou a defender a aprovação
da CPI da Petrobras e disse que estará em Brasília nesta terça-feira (22) para
esperar o posicionamento da ministra Rosa Weber, do STF (Supremo Tribunal
Federal), sobre o pedido da oposição para que seja garantida investigação
específica na comissão. "A CPI da Petrobras não é
demanda da oposição, é da sociedade brasileira", disse. (Folha Poder)
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