Delegação chegou a Teresópolis às 1h50. Cercados por Exército e Batalhão de Choque, fãs prestaram solidariedade, mas faixas solitárias registraram decepção
Pouco mais de dez torcedores acompanharam a saída do veículo. Alguns demonstraram indignação, com gritos de "vendidos". No portão da Base Aérea, policiais do Batalhão de Choque, com capacetes e escudos, faziam a segurança preventiva contra qualquer manifestação mais violenta contra a delegação.
Ônibus da Seleção segue escoltada a caminho da Granja Comary
Na
estrada, alguns torcedores com a camisa da Seleção esperaram o ônibus
passar e apoiaram com gritos. Já em Teresópolis, Maria Alice, Gabriela
Quintanilla, Danielle Gervazoni, Daniel Gervazoni, Rafael Gervazoni e
Desirée Salles foram os únicos torcedores dispostos a enfrentar o frio e
a chuva fina de Teresópolis para dar apoio a Seleção após derrota
histórica.Para Maria Alice, que veio prestigiar a seleção em outros momentos da Copa do Mundo, agora é importante incentivar o grupo para disputa do terceiro lugar. O ônibus chegou à Granja Comary 1h50. Pela janela, jogadores observaram o paredão de homens do Exército e da Polícia, que temiam protestos.
- Perdeu, ficamos tristes, mas viemos aqui prestar nossa solidariedade porque somos brasileiros.
Contrastando com o espírito de solidariedade dos poucos fãs presentes, duas faixas na entrada da Granja registraram a frustração da torcida brasileira com a acachapante goleada sofrida para a esquadra germânica. Enquanto uma usava o bom humor, a outra estampava a expressão "vergonha".
- Holanda ou Argentina, o terceiro lugar é nosso - disse Desirée.
Cantando o famoso refrão "sou brasileiro com muito orgulho e com muito amor", eles cantaram alto quando o ônibus passou.
O retorno da Seleção à Granja, no entanto, também foi marcado por protesto. Duas faixas foram colocadas no caminho do ônibus do Brasil. Mas pouco tempo depois elas foram retiradas.
No próximo sábado, o Brasil disputa o terceiro lugar com a equipe que perder a partida entre Argentina e Holanda, às 17h, no Mané Garrincha (Brasília). A final do Mundial será no domingo, às 16h, no Maracanã (Rio de Janeiro). Os alemães já estão garantidos na disputa.
Protegido por policiais e observado por torcedor, ônibus sai da Base Aérea do Galeão
Faixas registraram a frustração com a histórica derrota brasileira
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