Em meio a negociações intensas, rodoviários dão fim à paralisação após promessa de validar reajuste de 20%
jessica.antunes@jornaldebrasilia.com.br
Após três dias com os braços cruzados, os funcionários das cinco empresas de ônibus voltaram a trabalhar ontem. Em negociação, representantes do Governo do Distrito Federal e do Sindicato dos Rodoviários e empresários do setor acordaram em reajustar 20% do salário dos trabalhadores – que já teria sido firmado há um mês, mas não cumprido. A promessa é de que até a próxima terça-feira todos os pagamentos sejam realizados.
Apesar do acordo, quem precisou pegar ônibus ontem encontrou dificuldades. As empresas Marechal, Pioneira e São José começaram a circular atrasadas porque alguns funcionários chegaram tarde por não saberem do acordo.
O fim da paralisação foi motivado pela expectativa de receber o aumento de abono salarial e de homologação da nova tarifa técnica - valor repassado aos operadores pelo governo referente a cada passageiro.
O garagista Marcos Santos, 31 anos, apoia a greve. “Foram dois anos sem aumento, já tinha passado da hora”, disse.
Divergência
A empresa São José foi a que mais demorou a voltar a circular. Segundo funcionários, eles estavam sem receber o salário desde o mês passado. Então, uma nova paralisação foi ameaçada. A promessa era de que se até as 12h de ontem o valor não fosse depositado, outra paralisação iria ocorrer. Uma hora antes do prazo final, entretanto, os valores já tinham sido depositados.
A assessoria de imprensa das empresas Urbi, Marechal, Pioneira e São José informou que salários não foram pagos na sexta-feira pela redução de horário provocada pelo jogo da Copa.
Segundo Jorge Farias, presidente do Sindicato dos Rodoviários, as empresas Urbi e Piracicabana receberam o reajuste de maio ontem. Na sexta-feira, outros 20%, referentes a junho, serão pagos.
As outras três empresas (Marechal, Pioneira e São José), que retomaram os trabalhos apenas ontem, receberão os primeiros 20% amanhã e os outros em uma semana.
Saiba mais
Com o reajuste, o salário inicial de motorista vai de R$ 1,6 mil
para R$ 1,9 mil; o salário de cobradores, de R$ 840 para R$ 1 mil; o
tíquete-alimentação, de R$ 347 para R$ 416; e a cesta básica, de R$ 140
para R$ 196.
Cerca de 11 mil rodoviários serão beneficiados com os novos valores.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília
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