Padilha na festa de aniversário de Moura: agora abandona o companheiro.
Responsável por criar mais um embaraço à campanha de
Alexandre Padilha (PT) ao governo de São Paulo, o deputado estadual petista
Luiz Moura disse nesta terça-feira (8) que está disposto a fazer um acordo com
o PT para reverter a decisão da Justiça que anulou a convenção estadual da
sigla que definiu os candidatos às eleições de outubro.
O deputado recorreu à Justiça argumentando que não teve
direito de defesa no procedimento interno do PT que decidiu suspender seus
direitos partidários por suposta ligação com integrantes da facção criminosa
PCC, impedindo-o de disputar a reeleição.O PT tem descartado costurar um acordo com Moura e promete
brigar na Justiça para manter a convenção.
Para o deputado, o PT repete o erro do presidente do Supremo
Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, ao condenar petistas sem dar chances de
defesa. "Quando Barbosa julgou nossos companheiros João Paulo, Delúbio
[Soares], José Dirceu [no processo do mensalão], nós fomos radicalmente contra
porque quase não tiveram direito ao contraditório. Não quero prejudicar o
partido. Quero exercer meu direito de defesa", disse.
O comando da campanha de Alexandre Padilha disse que foi
surpreendido pela decisão provisória do Tribunal de Justiça de São Paulo e que
o partido vai recorrer para tentar derrubar a liminar.
"O PT tem muita segurança e vai apresentar esses
argumentos à Justiça. Confiamos muito de que ela vai ser correta", disse
Padilha. "O PT foi rápido e ágil nessa decisão [de afastar Moura]. Mostrou
que, diferente de outros partidos, é implacável com qualquer facção criminosa.
Quem não está sendo rápida é a operação da Polícia Civil. Até hoje ninguém viu
ninguém ser preso." (Folha de São Paulo)
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