A candidata Marina Silva entra na reta final da corrida
presidencial no pior dos mundos, vai sofrer o assédio tanto da
presidente Dilma quanto do candidato do PSDB Aécio Neves, ambos querendo
tirar nacos do seu eleitorado para ou ganhar no primeiro turno, no caso
de Dilma, ou para ir ao segundo turno, caso de Aécio Neves.
Ambos precisam de 5 ou 6 pontos para atingir seus objetivos. Se Dilma, hoje com 40% das intenções de voto, chegar a 45%, pode vencer já no primeiro turno segundo o diretor do Datafolha Mauro Paulino. Se o tucano Aécio Neves tirar 5 pontos de Marina, chegará à frente dela no primeiro turno, ganhando o direito de disputar com Dilma no segundo turno.
A diferença entre Marina e Aécio, que era de 13 pontos na pesquisa Datafolha anterior, caiu para 9 pontos agora. Já Dilma dobrou sua vantagem sobre Marina no primeiro turno, e abriu uma diferença a seu favor pela primeira vez no segundo turno, mesmo que continue em empate técnico com sua adversária, pois ambas podem ter 50% das intenções de voto no limite da margem de erro do instituto.
Embora seja muito difícil abrir mais 5 pontos em tão pouco tempo, tanto a presidente Dilma quanto Aécio Neves apresentam uma tendência de alta nas últimas pesquisas, enquanto Marina está em franco declínio nas últimas semanas, numa demonstração de que os ataques que tem recebido dos dois candidatos adversários, principalmente os do PT, tem conseguido desidratar sua votação.
O que resta a Marina até o dia 5 de outubro é lutar para ir para o segundo turno, quando poderá reorganizar sua campanha. Pelo simples fato de ela acrescentar quase cinco vezes mais tempo de propaganda eleitoral no rádio e televisão já terá um ganho de exposição que pode ajudar a refazer sua imagem, desconstruída pelos ataques que vem recebendo.
Segundo o Datafolha, a principal alteração no quadro se deu no Nordeste: em uma semana, a presidente ganhou seis pontos na região, e a candidata do PSB perdeu nove. A presidente Dilma mostra mais uma vez que o nordeste é a grande seara de votos petistas. Ela chegou a ter uma média de 70% dos votos na eleição de 2010 na região, e hoje está com cerca de 50%, mas subindo.
Quem conseguia conter essa arrancada da petista era justamente Marina, que começa a perder votos que podem ser decisivos num segundo turno. A propaganda eleitoral pelo rádio e televisão aparentemente não alavancou a candidatura de Dilma, que na semana anterior ao início do horário eleitoral tinha 36% dos votos e hoje chegou aos 40%.
Também Aécio Neves continua na mesma situação em que entrou, tinha 20% e hoje tem 18%. Já Marina foi a única que cresceu, de 21% para 27%. O que importa, no entanto, é que na reta final da eleição sua trajetória é de queda, o que fará com que se intensifique o bombardeio contra a fragilidade que vem demonstrando nas últimas semanas.
Tanto a presidente Dilma quanto o candidato tucano trabalharão o voto útil nesses últimos dias, com vantagem para a presidente, que tanto está em alta acentuada quanto tem uma militância petista muito ativa, e agora animada pela perspectiva de vitória no primeiro turno.
O candidato tucano tem um perigo à frente. Marina pode ter a seu favor o voto útil dos eleitores tucanos que, convencidos de que somente ela pode vencer a presidente no segundo turno, optem por apoiá-la imediatamente. Essa decisão, embora não altere o resultado da eleição, pois a votação em Aécio teria o mesmo efeito no computo geral contra Dilma, pode dar a Marina uma votação mais robusta no primeiro turno, criando um clima psicológico favorável a ela em seguida.
Segundo estudos com base nas últimas pesquisas do Ibope e do Datafolha desde agosto- sem incluir esta última - a proporção de votos de Aécio no primeiro turno "herdados" por Marina no segundo turno caiu aproximadamente 20 pontos neste período, de cerca de 70% para 50%. Ocorre que estes 20% não haviam ido para Dilma, mas para a soma de brancos, nulos e indecisos, que subiu os mesmos 20 pontos, de 10% para 30%, enquanto a "herança" de Dilma oscila em torno do patamar de 20% neste período.
Marina nesse caso poderia vencer recuperando parte dos 20 pontos que perdeu com os ataques virais, enquanto o desafio de Dilma parece mais difícil, conquistar votos que nunca foram dela. Nesta última pesquisa, no entanto, a presidente Dilma ganhou os mesmos 3 pontos perdidos por Marina, o que pode sinalizar que eleitores petistas estariam retornando ao ponto de partida, desistindo de Marina.
Ambos precisam de 5 ou 6 pontos para atingir seus objetivos. Se Dilma, hoje com 40% das intenções de voto, chegar a 45%, pode vencer já no primeiro turno segundo o diretor do Datafolha Mauro Paulino. Se o tucano Aécio Neves tirar 5 pontos de Marina, chegará à frente dela no primeiro turno, ganhando o direito de disputar com Dilma no segundo turno.
A diferença entre Marina e Aécio, que era de 13 pontos na pesquisa Datafolha anterior, caiu para 9 pontos agora. Já Dilma dobrou sua vantagem sobre Marina no primeiro turno, e abriu uma diferença a seu favor pela primeira vez no segundo turno, mesmo que continue em empate técnico com sua adversária, pois ambas podem ter 50% das intenções de voto no limite da margem de erro do instituto.
Embora seja muito difícil abrir mais 5 pontos em tão pouco tempo, tanto a presidente Dilma quanto Aécio Neves apresentam uma tendência de alta nas últimas pesquisas, enquanto Marina está em franco declínio nas últimas semanas, numa demonstração de que os ataques que tem recebido dos dois candidatos adversários, principalmente os do PT, tem conseguido desidratar sua votação.
O que resta a Marina até o dia 5 de outubro é lutar para ir para o segundo turno, quando poderá reorganizar sua campanha. Pelo simples fato de ela acrescentar quase cinco vezes mais tempo de propaganda eleitoral no rádio e televisão já terá um ganho de exposição que pode ajudar a refazer sua imagem, desconstruída pelos ataques que vem recebendo.
Segundo o Datafolha, a principal alteração no quadro se deu no Nordeste: em uma semana, a presidente ganhou seis pontos na região, e a candidata do PSB perdeu nove. A presidente Dilma mostra mais uma vez que o nordeste é a grande seara de votos petistas. Ela chegou a ter uma média de 70% dos votos na eleição de 2010 na região, e hoje está com cerca de 50%, mas subindo.
Quem conseguia conter essa arrancada da petista era justamente Marina, que começa a perder votos que podem ser decisivos num segundo turno. A propaganda eleitoral pelo rádio e televisão aparentemente não alavancou a candidatura de Dilma, que na semana anterior ao início do horário eleitoral tinha 36% dos votos e hoje chegou aos 40%.
Também Aécio Neves continua na mesma situação em que entrou, tinha 20% e hoje tem 18%. Já Marina foi a única que cresceu, de 21% para 27%. O que importa, no entanto, é que na reta final da eleição sua trajetória é de queda, o que fará com que se intensifique o bombardeio contra a fragilidade que vem demonstrando nas últimas semanas.
Tanto a presidente Dilma quanto o candidato tucano trabalharão o voto útil nesses últimos dias, com vantagem para a presidente, que tanto está em alta acentuada quanto tem uma militância petista muito ativa, e agora animada pela perspectiva de vitória no primeiro turno.
O candidato tucano tem um perigo à frente. Marina pode ter a seu favor o voto útil dos eleitores tucanos que, convencidos de que somente ela pode vencer a presidente no segundo turno, optem por apoiá-la imediatamente. Essa decisão, embora não altere o resultado da eleição, pois a votação em Aécio teria o mesmo efeito no computo geral contra Dilma, pode dar a Marina uma votação mais robusta no primeiro turno, criando um clima psicológico favorável a ela em seguida.
Segundo estudos com base nas últimas pesquisas do Ibope e do Datafolha desde agosto- sem incluir esta última - a proporção de votos de Aécio no primeiro turno "herdados" por Marina no segundo turno caiu aproximadamente 20 pontos neste período, de cerca de 70% para 50%. Ocorre que estes 20% não haviam ido para Dilma, mas para a soma de brancos, nulos e indecisos, que subiu os mesmos 20 pontos, de 10% para 30%, enquanto a "herança" de Dilma oscila em torno do patamar de 20% neste período.
Marina nesse caso poderia vencer recuperando parte dos 20 pontos que perdeu com os ataques virais, enquanto o desafio de Dilma parece mais difícil, conquistar votos que nunca foram dela. Nesta última pesquisa, no entanto, a presidente Dilma ganhou os mesmos 3 pontos perdidos por Marina, o que pode sinalizar que eleitores petistas estariam retornando ao ponto de partida, desistindo de Marina.
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