Daqui a uma
semana saberemos os rumos das eleições deste ano. A agilidade das urnas
eletrônicas nos apontará na noite do próximo domingo os eleitos para o
Senado e para as vagas de deputados federais e distritais Também
conheceremos os candidatos ao segundo turno dos governos estaduais e da
Presidência da República.
Há muitas
dúvidas no pleito, mas uma certeza teremos na segunda-feira: o Brasil
entrará no novo round de um vale-tudo que deveria envergonhar os
cidadãos do país...
Nunca a estratégia de desconstruir adversários foi tão usada numa campanha. As propostas foram praticamente deixadas de lado, e as ofensas e mentiras subiram nos palanques e ocuparam o horário eleitoral e as redes sociais, que deram nova dimensão à baixaria. Gasta-se mais tempo
e dinheiro com ataques aos rivais do que com ideias. Muitos
argumentarão que essa é uma velha prática da política brasileira, mas
tenho certeza de que agora passamos dos limites.
Em entrevista ao Correio, o presidente do Tribunal Regional Eleitoral do DF, Romão Cícero de Oliveira, reconheceu que a campanha não está em um “padrão civilizado”. E ele diz que a disputa em baixo nível não é exclusividade dos brasilienses: em todo o país há graves problemas.
O atual sistema político e eleitoral brasileiro é o responsável por esse quadro. Enquanto as propostas de reforma dormem nas gavetas do Congresso, a escolha de nossos representantes avança no século 21 com o mesmo modelo de há 40, 50 anos. Houve poucos avanços, como a Lei da Fica Limpa — batalha do povo brasileiro, não dos políticos, é preciso lembrar —, mas vivemos na Idade Média quando avaliamos nossos partidos e a legislação eleitoral. Há algo menos democrático do que a propaganda obrigatória no rádio e na tevê?
O apego ao poder ou o sonho de alcançá-lo tem transtornada nossos políticos. Ganhar uma eleição é tomar para si o direito de gastar bilhões, contratar amigos e dar benesses aos aliados, na maioria das vezes em esquemas de corrupção. Para alcançar esse “cálice sagrado”, mentem, distorcem números e destroem reputações sem qualquer pudor.
Mas há esperança. Que o voto de 5 de outubro mostre aos políticos que os eleitores estão atentos e apostam na construção de um país mais justo e honesto. Que o resultado das urnas seja a senha para a renovação, não apenas de nomes ou siglas, mas de ideias e dos rumos do Brasil.
Em entrevista ao Correio, o presidente do Tribunal Regional Eleitoral do DF, Romão Cícero de Oliveira, reconheceu que a campanha não está em um “padrão civilizado”. E ele diz que a disputa em baixo nível não é exclusividade dos brasilienses: em todo o país há graves problemas.
O atual sistema político e eleitoral brasileiro é o responsável por esse quadro. Enquanto as propostas de reforma dormem nas gavetas do Congresso, a escolha de nossos representantes avança no século 21 com o mesmo modelo de há 40, 50 anos. Houve poucos avanços, como a Lei da Fica Limpa — batalha do povo brasileiro, não dos políticos, é preciso lembrar —, mas vivemos na Idade Média quando avaliamos nossos partidos e a legislação eleitoral. Há algo menos democrático do que a propaganda obrigatória no rádio e na tevê?
O apego ao poder ou o sonho de alcançá-lo tem transtornada nossos políticos. Ganhar uma eleição é tomar para si o direito de gastar bilhões, contratar amigos e dar benesses aos aliados, na maioria das vezes em esquemas de corrupção. Para alcançar esse “cálice sagrado”, mentem, distorcem números e destroem reputações sem qualquer pudor.
Mas há esperança. Que o voto de 5 de outubro mostre aos políticos que os eleitores estão atentos e apostam na construção de um país mais justo e honesto. Que o resultado das urnas seja a senha para a renovação, não apenas de nomes ou siglas, mas de ideias e dos rumos do Brasil.
Fonte: Correio Braziliense. Por MARCELO AGNER - 29/09/2014 - - 07:21:04
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