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Por Carlos I. S. Azambuja
- "Democracia é bom, mas tem hora" (Lula, referindo-se à expulsão de Paulo de Tarso Venceslau, do PT, por ter denunciado corrupção no partido, revista Isto É, 25 de março de 1998).
- "É só pegar os panfletos e as entrevistas dos líderes dos partidos para perceber que eles estão de esquerda para enterrados. São como cadáveres insepultos vagando por aí. A maioria dos grupos que se dizem de esquerda são igrejinhas, seitas, um bando de loucos e dogmáticos" (Herbert José de Souza, Betinho, setembro de 1995).
- "Não sou do PT e quero distância desses loucos que se limitam a usar a retórica de esquerda sem ter propostas concretas. Defendo a economia de mercado e creio que a estabilidade da economia é um valor popular definitivo. Acho que o socialismo não é mais possível" (Ciro Gomes, Rádio CBN, 25 de agosto de 1997).
- "Não sou e nem nunca fui socialista. Como posso ser a favor de um regime no qual quem produzir oito garrafas de cerveja ganhará o mesmo que quem produz dez?" (Lula, revista VEJA, 13 de agosto de 1997).
- "A política é o último refúgio do salafrário e a primeira vocação do esperto" (Guillermo Cabrera Infante, escritor cubano exilado, 19 de abril de 1980).
- "Matar o elefante é fácil. Difícil é remover o cadáver" (Gorbachev).
- "O revolucionário deve ser uma fria e seletiva máquina de matar" (Che Guevara, citado por Jorge Castañeda, jornal La Época, do Chile, 31 de janeiro de 1997).
- "A esquerda não é compatível com quem toma banho todos os dias. A melhor propaganda anticomunista é deixar os comunistas falarem" (Paulo Francis, citado em O Estado de São Paulo de 5 de fevereiro de 1997).
- "Enquanto qualquer outra organização governamental deve ser transparentemente aberta e franca, com todos sabendo qual é exatamente sua função, com um Serviço de Inteligência dá-se justamente o oposto. O Serviço deve ser opaco e confuso quando visto do exterior, embora todos devam conhecer aquilo que dele se espera" (O Serviço Secreto, Reinhard Gehlen, Editora Artenova, 1972, página 228).
- "Informações sigilosas sobre assuntos políticos e, até certo ponto, sobre assuntos militares, são, em grande parte, uma questão de previsão. O fato de que alguns acontecimentos poderão ocorrer não significa que necessariamente irão ocorrer" (O Serviço Secreto, Reinhard Gehlen, Editora Artenova, 1972, páginas 226 e 227).
- "O Serviço de Informações é o apanágio dos nobres. Se confiado a outros, desmorona" (Cel Walter Nicolai, chefe do Serviço de Informações da Alemanha durante a I Guerra Mundial).
- "Se olhares à frente um ano, semeia trigo e irás receber nesse ano; se olhares 10 anos, planta um pomar e terás frutos o ano inteiro. Mas, se fores inteligente, instrui o povo" (Provérbio chinês, de 2 mil anos).
- "Sou um sonhador, que pretende conciliar o inconciliável: a política e a moral" (Vaclav Ravel, que foi presidente da República Checa).
- "Um apaziguador é aquele que alimenta um crocodilo na esperança de ser comido por último" (Winston Churchil).
- "Em um sistema econômico de mercado em que tudo pode ser potencialmente transformado em mercadoria, também o voto está sujeito a esse risco" (Norberto Bobbio, cientista social italiano, em entrevista a revista Isto É de 6 de dezembro de 1989).
- "A esquerda conserva o hábito de não acatar as críticas, mas de atacar os críticos" (Apparício Torelly, Barão de Itararé, 1895-1971).
- "O mal de certos políticos não é a falta de persistência. É a persistência na falta" (Apparicio Torelly, Barão de Itararé, 1895-1971).
- "A tendência dominante no Brasil é o abstracionismo" (Pietro Maria Bardi, em abril de 1990, quando diretor do Museu de Arte de São Paulo).
- "A complacência de hoje se paga com as angústias de amanhã. E se ela persiste, com o sangue de depois de amanhã" (Suzanne Labin, livro Em Cima da Hora).
- "Lutar e vencer em todas as guerras não é a glória suprema. A glória suprema consiste em quebrar as resistências do inimigo sem lutar" (Sun Tzu, A Arte da Guerra, ano 500 AC).
- "O dinheiro é uma coisa esquisita: quem tem diz que não tem e quem não tem diz que tem" (Woody Allen, cineasta norte-americano).
- "A verdade é revolucionária" (Leon Trotsky)
- "A CUT é o braço do neoliberalismo, porque concentra suas greves no serviço público, para debilitar o Estado" (Leonel Brizola, 22 de junho de 1994, em Porto Alegre/RS).
- "Como meu adversário tem 9 minutos no programa eleitoral e eu apenas 3, ele pode mentir 3 vezes mais" (candidato Lula, JB, 15 de setembro de 1994).
- "Se eleito, vou botar na cadeia todos os donos de Institutos de Pesquisas e das emissoras de TV, por manipulação das informações sobre as eleições. Se o povo me eleger, não me chamo mais Brizola se não botar essa gente na cadeia" (Leonel Brizola, 18 de setembro de 1994, no Circo Voador, Rio).
- "Meu governo é neo-social" (Fernando Henrique Cardoso, ESP de 25 de agosto de 1995).
- "Eu nunca fui neoliberal" (Fernando Henrique Cardoso, revista Esquerda 21, nº 2, janeiro-fevereiro de 1996).
- "Enquanto houver desigualdade e injustiça, esse conceito - conceito de esquerda - vai continuar cabendo. Eu sou contra a desigualdade, contra a injustiça, portanto, considero-me de esquerda" (Fernando Henrique Cardoso, revista Esquerda 21, nº 2, janeiro-fevereiro de 1996).
- "Sou um homem de esquerda (...). A esquerda está disposta a arriscar a Ordem em nome da Justiça. Já a direita coloca a Ordem acima da Justiça (...). E como prefiro arriscar a Ordem em nome da Justiça, considero-me uma pessoa de esquerda" (Luiz Carlos Bresser Pereira, revista Esquerda 21, nº 2, janeiro-fevereiro de 1996).
- "É justo a administração querer ficar livre dos maus funcionários, mas é preciso também mecanismos para livrar a sociedade dos maus governos" (José Genoino, revista Esquerda 21, nº 2, janeiro-fevereiro de 1996).
- "Para ser de esquerda não é preciso ser burro" (Fernando Henrique Cardoso, julho de 1995).
- "A elite que não luta por seus interesses históricos não é digna deles e perde legitimidade frente à população. O empresariado brasileiro, auto-centrado em seus pequenos mundos, esquece que vive numa Nação e se recusa a defendê-la. Essa covardia, que renega o papel social e político de uma elite, no sentido clássico de liderança histórica, por sua vez, não anima o único grupo que pode barrar o adversário das trevas, as Forças Armadas, que, sem o estímulo da liderança civil, nada farão" (André Araujo, presidente do Centro de Estudos da Livre Empresa, livro Os Marxistas no Poder - A Esquerda chega ao Planalto, São Paulo, 1995)
- "Esquerda sou eu, que me alinho a um pensamento de mudança e de reforma. Eles são neoliberais. Eu sou um combatente contra o neoliberalismo prático" (Fernando Henrique Cardoso, revista Veja, 10 de setembro de 1997).
- "Ainda me identifico com uma velha tradição comunista, que é a lógica da revolução" (Roberto Freire, O Globo, 24 de maio de 1996).
- "Sou a favor da idéia socialista. Mas uma vez disse a meu pai: "se isso é socialismo, eu sou contra o socialismo" (Yuri Ribeiro Prestes, historiador; filho de Luiz Carlos Prestes; viveu na Rússia de 1970 a 1994; jornal Folha de São Paulo de 2 de novembro de 1997).
- "O Supremo já está falido. Nós é que não estamos dizendo ao Brasil que isso aconteceu" (José Carlos Moreira Alves, quando Ministro do Supremo Tribunal Federal, jornal Folha de São Paulo de 11 de dezembro de 1997).
- "Ao contrário do que os brasileiros pensam, a Amazônia não é deles, mas de todos" (Al Gore, quando vice-presidente dos EUA).
- "O Brasil precisa aceitar uma soberania relativa sobre a Amazônia" (François Mitterrand, 1989).
- "Até Sergio Motta, lá do inferno, deve apoiar os saques" (João Pedro Stédile, logo após ter sido absolvido, no Rio, do processo por incentivar atos criminosos, como a invasão de supermercados; O Globo, 6 de maio de 1998).
- "O presidente FHC não tem autoridade moral para criticar os que fazem saques no Nordeste, pois é um saqueador profissional (...) FHC é mentiroso e demagogo" (Lula, em Fortaleza/CE; O Globo, 6 de maio de 1998).
- "A dialética comunista significa o negativo, o antigo e o novo, a negação da negação, a identidade dos contrários e a contradição dos idênticos. A inesgotável e miraculosa capacidade da história de ultrapassar-se negando sua positividade e afirmando sua negatividade. Isso não é sublime?" (Jorge Semprun, ex-prisioneiro no campo de concentração nazista de Buchenwald, ex-membro do Comitê Central do Partido Comunista Espanhol expulso em 1964 por ter resolvido começar a pensar com sua própria cabeça, livro A Montanha Branca).
- "Não é, de fato, somente quando um comunista se torna agente do inimigo de classe que seus camaradas decidem expulsá-lo ou até mesmo executá-lo. É também quando ele se torna agente de si mesmo, ator e não mais somente instrumento da razão-do-partido, do espírito-do-partido. É quando ele decide tornar-se o indivíduo singular, um ser bastante louco, bastante irresponsável por querer marcar a história do movimento comunista com sua iniciativa pessoal. Mas ele só marcará essa história com o exemplo de sua punição exemplar, com a iniciativa da aceitação, abjeta e ao mesmo tempo gloriosa, dessa punição, em benefício da honra histórica da revolução" (Jorge Semprun, livro A Montanha Branca).
- "Não tomei Viagra, mas estou com um tesão da porra. Vamos fazer campanha para ganhar" (candidato Lula, 28 de maio de 1998, em Petrolina/PE, O Globo, 29 de maio de 1998).
- "Com uma canetada só, vou resolver o problema da reforma agrária no Brasil" (candidato Lula, Folha de São Paulo, 2 de junho de 1998).
- "Ele é um otário, um boca mole que não tem pulso para conduzir esta Nação" (Brizola, sobre FHC, em janeiro de 1997).
- "O Lula já tem até um visual de direita: fuma charuto, está gordo e não trabalha. Está se aproximando rapidamente de uma prática pessoal de direita" (Brizola, abril de 1994).
- "Não seria fascinante fazer essa elite engolir o Lula, esse sapo barbudo?" (Brizola, em novembro de 1989).
- "O Lula não é confiável. Eu apalpo, apalpo e sinto que ou há um mioma ou há dentes de jacaré" (Brizola, em fevereiro de 1989).
- "Sobre o Lula, não se pode dizer in vino veritas. O mais apropriado é dizerin cachaça veritas" (Brizola, em dezembro de 1985).
- Louis Aragon, poeta oficial do Partido Comunista Francês, simplesmente constatou: "Perdi meu tempo", ao verificar o desmoronamento do socialismo real.
- José Dirceu, em um seminário do partido, realizado dias 15 e 16 de abril de 1989, às vésperas da eleição presidencial, já vislumbrando uma provável vitória de Lula, candidato do PT, e recordando-se do treinamento militar que recebeu em Cuba, com o nome de "Cmt Daniel", disse: "Em vez de comandar uma coluna guerrilheira, o grande sonho de minha vida, vou ter que comandar uma coluna de carros oficiais em Brasília".
Anteriormente, em setembro de 1988, afirmou: "Nunca fui foquista. Participei da luta armada, apoiei, achava que era necessária, mas na verdade nunca acreditei nela como forma de luta" (página 110 do livro Abaixo a Ditadura, escrito por ele e por Vladimir Palmeira).
E depois, em 27 de dezembro de 1998, ao Jornal do Brasil: "O treinamento militar em Havana era um teatrinho, um vestibular para o cemitério". (José Dirceu).
- "Populismo é a arte de distribuir as riquezas antes de produzi-las" (senador Roberto Campos, no discurso de despedida do Senado, em janeiro de 1999).
- "Um regime revolucionário tem que se desembaraçar de um certo número de indivíduos que o ameaçam, e não vejo outro meio de fazer isso senão a morte. Da prisão, sempre se pode sair. Os revolucionários de 1793 provavelmente não mataram o bastante". (Jean-Paul Sartre).
- "Cuando teniamos todas las respostas, se cambiaram las preguntas" (frase pintada em um muro em Quito/Equador, logo após o desmantelamento do socialismo real).
- "Ele (Celso Daniel) se encontrará com Marighela, Guevara, Paulo Freire, Henfil, Betinho, Chico Mendes, Toninho e os sem terra" (Declaração de Lula sobre a morte do prefeito Celso Daniel, jornal Correio do Povo, Porto Alegre, 16 de janeiro de 2002, página 2).
- Frei Beto, no II Fórum Social Mundial usou da palavra e, lá pelas tantas, disse que "a sociedade do futuro mais livre, mais igualitária e mais solidária se define em uma só palavra: socialismo”. Pediu uma salva de palmas para Karl Marx e disse que “o homem novo deve ser filho do casamento de Ernesto Che Guevara e Santa Teresa de Jesus".
Carlos I. S.
Azambuja é Historiador.
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