quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Maioria no PSB e de aliados de Marina defende apoio a Aécio; veja lista


Guilherme Balza
Do UOL, em São Paulo

Trajetória de Marina Silva

Marina Silva posa em frente a um cartaz com a foto de Chivo Mendes em Xapuri (AC), cidade onde morava o ambientalista, em 1995. Amigos e companheiros de militância, Marina e Chico levaram o Acre aos holofotes nacionais. A morte de Chico causou comoção em 1988, principalmente porque ele avisou que recebia constantes ameças de morte devido sua luta pela preservação da Amazônia, mas não recebeu atenção Arquivo Pessoal/Reuters
 
Logo após a confirmação da derrota de Marina Silva (PSB) nas eleições presidenciais, na noite de domingo (5), lideranças do PSB e da Rede Sustentabilidade iniciaram as movimentações para definir qual será a posição das organizações no segundo turno.

Em declarações na noite de domingo, Marina deu sinais de que está aberta a apoiar Aécio Neves (PSDB) desde que haja acordo em torno de pontos programáticos. A ex-senadora, no entanto, afirmou que a decisão será tomada por PSB e Rede. Marina deve esperar os posicionamentos das organizações e também fará consultas a aliados mais próximos.

O PSB deverá definir sua posição na próxima quarta-feira (8), quando a executiva nacional do partido fará uma reunião em Brasília. Já a cúpula da Rede deve se reunir na noite desta terça-feira (7). As duas organizações prometem uma definição até o final da semana.

Lideranças do PSDB, entre elas o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, já procuraram a campanha de Marina para convencê-la a apoiar Aécio. Enquanto isso, alguns integrantes da Executiva Nacional do PSB já defendem publicamente o apoio ao tucano.

O PSB esteve na base de sustentação do governo desde que Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito, em 2002, até setembro de 2013, quando a sigla desembarcou do governo Dilma Rousseff (PT) e decidiu lançar a candidatura de Eduardo Campos à Presidência. Desde então, os dois partidos foram progressivamente se afastando. Neste período, o PSB manteve ou reforçou as alianças regionais com os tucanos, como em São Paulo, onde Márcio França foi eleito vice-governador na chapa com Geraldo Alckmin.

Por outro lado, os socialistas mantiveram unidade com o PT em alguns Estados, como Paraíba e Amapá. Em ambos os Estados, os governadores são do PSB e concorrem à reeleição com apoio do PT.

Além disso, lideranças históricas do partido, como o presidente Roberto Amaral, que foi ministro de Lula, e Luiza Erundina, são contrários a apoiar Aécio e defendem a neutralidade com o argumento de que esta é a única saída para manter o partido unido.

Declarar apoio a Dilma, no entanto, está praticamente descartado. Lideranças do PSB se dizem revoltadas com o PT em função dos duros ataques feitos a Marina durante a campanha.

Já entre a Rede e os aliados mais próximos de Marina, a tendência majoritária é apoiar Aécio. Além da mágoa com os ataques da campanha de Dilma, argumentam que a sociedade brasileira deseja mudança. Os integrantes da organização, entretanto, ressaltam que é importante buscar acordos programáticos.


O que PSB, Marina e aliados pensam do 2º turno

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