Após procurar a campanha de Rollemberg, PEN e PHS aderem ao grupo de José Roberto Arruda
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Depois de procurar a campanha de Rodrigo Rollemberg (PSB) para negociar e até dar prazo para a resposta, os nanicos PEN e PHS decidiram divulgar, na tarde de ontem, o apoio ao candidato de José Roberto Arruda, Jofran Frejat (PR).
Em discurso veemente no comitê central da coligação, Alírio Neto (PEN) — que, apesar dos 78.945 votos, não conseguiu se eleger deputado federal — deu as boa-vindas a Arruda e disse que se identifica com o programa de campanha de Frejat. “Estamos aderindo ao grupo exatamente para tirar do meio social essa grande peste que são as drogas. Não podemos estar com quem não tem posição clara no combate às drogas”, destacou.
Arruda, que foi ovacionado ao entrar no comitê, fez questão de ressaltar a amizade com Alírio e com o presidente do PHS no DF, Lucas Kontoyanis. “Este momento é de reencontro de bons e velhos amigos. E eu sinto nesse encontro o cheiro da virada e o cheiro da vitória”, discursou.
Arruda exaltou os 180 mil votos reunidos pelos candidatos proporcionais dos dois partidos nas eleições de 2014. Os deputados distritais eleitos pela coligação - Luzia de Paula (PEN) e Lira (PHS) - não estavam presentes no encontro.
“Inexperiência” é o mote
Após pedir “desculpa” e ressaltar sua “franqueza”, Arruda bateu na tecla que tende a ser a preferida da campanha de Frejat: colar a imagem de Rollemberg na do governador Agnelo Queiroz (PT). “Em 2010, Agnelo dizia representar um novo caminho. Depois, a gente descobriu que não era novo, era inexperiente. Hoje, Rollemberg, que é o Agnelo 2, o pesadelo continua, também se apresenta como novo, com o mesmo discursinho. Nós, que o conhecemos, sabemos que de novo ele não tem nada. Ele é inexperiente”.
Depois, exaltou as qualidades do seu candidato: “Brasília precisa de alguém com a firmeza de comando de Frejat”. Lembrou das pesquisas de intenções de voto, que colocavam Marina Silva (PSB) no segundo turno, para afirmar que a candidata derrotada era “um embrulho de presente sem nada dentro”.
Candidato diz que nada foi pedido em troca
Aclamado pelos novos apoiadores, Jofran Frejat agradeceu o apoio
que ele considerou “muito importante” para a campanha: “São 180 mil
votos que teve esse grupo. Para nós é uma honra, uma satisfação”.
O candidato do PR garantiu que a coligação nada exigiu em troca do
apoio. “Essas pessoas são corretíssimas. A única coisa que exigiram é
que nós cumpríssemos nosso plano de governo, que eles acham que é o
melhor para o Distrito Federal”, disse.
Confiante, Frejat disse que agora é que vai começar a campanha, lembrando que teve apenas “20 dias” antes do primeiro turno.
À espera de mais apoio
Outros partidos já sinalizaram apoio, conforme Frejat, mas a
campanha ainda “está em negociação, em entendimento”. Um deles seria o
PSDB. Há uma corrente muito forte alinhada com Frejat, ainda na eleição
para primeiro turno, por que não tinham entusiasmo com a candidatura de
Luiz Pitiman ao GDF. A formalização do apoio, no entanto, deve vir
somente na quinta-feira, após as conversas entre Marina Silva e Aécio
Neves (PSDB), candidato à Presidência da República.
Ponto de vista
Ex-diretor do Procon-DF no governo petista, Todi Moreno pegou no
microfone várias vezes durante o encontro no comitê da coligação
PEN-PHS. Exaltou que os 180 mil votos reunidos pela coligação no domingo
podem fazer a diferença no segundo turno. Para, em seguida, inferir que
Rollemberg é “mais um Agnelinho”. “Nós podemos mais e não vai entrar
mais um Agnelinho para poder ficar atrapalhando o nosso trabalho não”, afirmou.
Em outras oportunidades, Todi — que também não conseguiu se eleger
deputado distrital — já conclamou os partidários presentes a ostentarem
adesivos nos carros e compartilharem nas redes sociais o material de
campanha de Frejat: “O tempo de campanha é curto”.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília
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