Após procurar a campanha de Rollemberg, PEN e PHS aderem ao grupo de José Roberto Arruda
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Depois de procurar a campanha de Rodrigo Rollemberg (PSB) para negociar e até dar prazo para a resposta, os nanicos PEN e PHS decidiram divulgar, na tarde de ontem, o apoio ao candidato de José Roberto Arruda, Jofran Frejat (PR).
Arruda, que foi ovacionado ao entrar no comitê, fez questão de ressaltar a amizade com Alírio e com o presidente do PHS no DF, Lucas Kontoyanis. “Este momento é de reencontro de bons e velhos amigos. E eu sinto nesse encontro o cheiro da virada e o cheiro da vitória”, discursou.
Arruda exaltou os 180 mil votos reunidos pelos candidatos proporcionais dos dois partidos nas eleições de 2014. Os deputados distritais eleitos pela coligação - Luzia de Paula (PEN) e Lira (PHS) - não estavam presentes no encontro.
“Inexperiência” é o mote
Após pedir “desculpa” e ressaltar sua “franqueza”, Arruda bateu na tecla que tende a ser a preferida da campanha de Frejat: colar a imagem de Rollemberg na do governador Agnelo Queiroz (PT). “Em 2010, Agnelo dizia representar um novo caminho. Depois, a gente descobriu que não era novo, era inexperiente. Hoje, Rollemberg, que é o Agnelo 2, o pesadelo continua, também se apresenta como novo, com o mesmo discursinho. Nós, que o conhecemos, sabemos que de novo ele não tem nada. Ele é inexperiente”.
Depois, exaltou as qualidades do seu candidato: “Brasília precisa de alguém com a firmeza de comando de Frejat”. Lembrou das pesquisas de intenções de voto, que colocavam Marina Silva (PSB) no segundo turno, para afirmar que a candidata derrotada era “um embrulho de presente sem nada dentro”.
Candidato diz que nada foi pedido em troca
Aclamado pelos novos apoiadores, Jofran Frejat agradeceu o apoio
que ele considerou “muito importante” para a campanha: “São 180 mil
votos que teve esse grupo. Para nós é uma honra, uma satisfação”.
O candidato do PR garantiu que a coligação nada exigiu em troca do
apoio. “Essas pessoas são corretíssimas. A única coisa que exigiram é
que nós cumpríssemos nosso plano de governo, que eles acham que é o
melhor para o Distrito Federal”, disse.
Confiante, Frejat disse que agora é que vai começar a campanha, lembrando que teve apenas “20 dias” antes do primeiro turno.
À espera de mais apoio
Outros partidos já sinalizaram apoio, conforme Frejat, mas a
campanha ainda “está em negociação, em entendimento”. Um deles seria o
PSDB. Há uma corrente muito forte alinhada com Frejat, ainda na eleição
para primeiro turno, por que não tinham entusiasmo com a candidatura de
Luiz Pitiman ao GDF. A formalização do apoio, no entanto, deve vir
somente na quinta-feira, após as conversas entre Marina Silva e Aécio
Neves (PSDB), candidato à Presidência da República.
Ponto de vista
Ex-diretor do Procon-DF no governo petista, Todi Moreno pegou no
microfone várias vezes durante o encontro no comitê da coligação
PEN-PHS. Exaltou que os 180 mil votos reunidos pela coligação no domingo
podem fazer a diferença no segundo turno. Para, em seguida, inferir que
Rollemberg é “mais um Agnelinho”. “Nós podemos mais e não vai entrar
mais um Agnelinho para poder ficar atrapalhando o nosso trabalho não”, afirmou.
Em outras oportunidades, Todi — que também não conseguiu se eleger
deputado distrital — já conclamou os partidários presentes a ostentarem
adesivos nos carros e compartilharem nas redes sociais o material de
campanha de Frejat: “O tempo de campanha é curto”.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília
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