Josias de Souza
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, comunicou a caciques do PT que não pretende apressar nem retardar a chegada do pedido de cassação de André Vargas ao plenário da Câmara. Submeterá o companheiro aos rigores do regimento. Estima que o processo entrará na pauta em 13 dias.
Após seis tentativas frustradas, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara conseguiu votar o recurso no qual Vargas alegava cerceamento de defesa. Em votação simbólica, a petição foi rejeitada. Nesta quarta (12), a decisão deve chegar à mesa de Henrique Alves. Ele mandará publicar no Diário do Congresso.
Nesta quinta-feira (13), a partir da publicação, o regimento manda que sejam contadas duas sessões ordinárias. Entre quinta e segunda-feira não costuma haver quórum nas sessões da Câmara. Assim, o prazo de 48 horas só deve começar a ser contado na próxima próxima terça-feira (18), expirando na quarta (19).
Em tese, os deputados poderiam votar o pedido de cassação já no dia seguinte. Mas a falta de quórum, de novo, empurrará a encrenca para a terça seguinte, dia 25 de novembro.
Quem quiser salvar o mandato de André Vargas, acusado de traficar influência em troca de favores monetários do doleiro Alberto Youssef, terá de levar a cara à vitrine. O voto será aberto. Não é por outra razão que a defesa de André Vargas deve tentar melar a votação pela via do Judiciário.
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