quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Incêndio na reserva do Lago Piratuba, no Amapá, atinge 3 mil hectares


13/11/2014 11h59 - Atualizado em 13/11/2014 11h59


Ibama aumentou o número de brigadistas enviados para o local.
Reserva localizada no Leste do estado tem extensão de 392 mil hectares.


Do G1 AP, com informações da TV Amapá
Incêndio destroi vegetação de campos e florestas de várzea no Amapá (Foto: Reprodução/TV Amapá)Incêndio destroi vegetação de campos e florestas de várzea no Amapá 
 
O incêndio que atinge a Reserva Biológica do Lago Piratuba, no Leste do Amapá, já destruiu em pouco mais de uma semana cerca 3 mil hectares de área, sendo necessário o reforço dos órgãos de segurança para combater o fogo na região isolada. O acesso mais rápido para a reserva é feito por via aérea. De acordo com o Instituto de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) o número de brigadistas enviados para a região aumentou de 28 para 40.

Na terça-feira (11) um helicóptero foi deslocado para o local a fim de agilizar as estratégias de combate ao fogo que destrói tanto a vegetação superficial composta de campos e florestas de várzea, quanto a vegetação subterrânea, chamada de turfa. A forma de combate ao fogo, segundo o Ibama, é a cavação de trincheiras, evitando que o fogo se desloque para áreas não atingidas.
Brigadistas cavam trincheiras para evitar alastramento do fogo (Foto: Reprodução/TV Amapá)Brigadistas cavam trincheiras para evitar alastramento do fogo
 
 
A chefe da reserva, Patrícia Pinha, alertou que o forte calor e a velocidade do vento na região são fatores que contribuem para o rápido alastramento do incêndio. “A partir da chegada do helicóptero já foi possível fazer um sobrevoo na área, fazendo com que as estratégias de combate sejam planejadas”, explicou Patrícia, acrescentando que ainda não foram acionados exército e bombeiros para auxiliar no combate ao incêndio. 

Para o Sistema Nacional de Combate e Prevenção aos Incêndios Florestais (PrevFogo), a chegada do exército será necessária para combater o avanço de búfalos selvagens para dentro da área da reserva, o que segundo Gilson Homobono, coordenador do PrevFogo, tem evitado a construção de acampamentos para os brigadistas.

“Foi cogitada a possibilidade de se fazer o acampamento próximo ao local do fogo como em incêndios anteriores, mas fomos comunicados pela chefe da unidade que têm muitos búfalos selvagens dentro da floresta, e assim que conseguimos os profissionais com armamento adequado vamos entrar mais para perto do fogo”, adiantou Homobono, acrescentando que os brigadistas estão acampados em uma fazenda fora da área da reserva.
Um helicóptero do Ibama passa a auxiliar os brigadistas  (Foto: Reprodução/TV Amapá) 
 
Um helicóptero do Ibama passa a auxiliar os brigadistas 
 
 
Histórico
Esse não é o primeiro incêndio no Lago Piratuba, segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). O último foi considerado de grande proporção e aconteceu em 2012, quando uma área de quase 26 mil hectares foi destruída pelo fogo. Foram necessários dois meses para controlar as chamas. A região tem 392 mil hectares de extensão.

Para o ICMBio, o histórico de incêndio na região é resultado do grande acúmulo de turfas com o assoreamento de regiões alagadas em decorrência da criação bubalina. O assoreamento deixa exposto o material orgânico, considerado bastante inflamável.

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