Meio Ambiente DW
Recursos internacionais se destinam a desacelerar a mudança climática e a
ajudar os países afetados a enfrentarem seus efeitos. Doadores já
arrecadaram 9,3 bilhões de dólares. Projetos começam a ser financiados
em 2015.
O Fundo Verde do Clima alcança pela primeira vez, quatro anos após sua
criação, recursos suficientes para entrar em funcionamento. A verba é
destinada a ajudar países em desenvolvimento no combate ao aquecimento
global.
Representantes de cerca de 20 Estados se reuniram nesta quinta-feira (20/11) em Berlim para negociar as doações. Dos 10 bilhões de dólares estipulados como meta na Conferência do Clima de 2010, foram arrecadados 9,3 bilhões de dólares. Mais doações são esperadas até o fim do ano.
Antes da reunião desta quarta-feira, já estavam disponíveis 7,5 bilhões de dólares para o fundo. Os maiores financiadores são os Estados Unidos, com 3 bilhões, seguindo do Japão, 1,5 bilhão, e do Reino Unido, 1,2 bilhão de dólares.
Alemanha prometeu doar 750 milhões de dólares nos próximos quatro anos. O Panamá, Nova Zelândia, Finlândia, Mongólia e Espanha também prometeram doações. A Rússia participou da negociação, mas não fez nenhuma contribuição.
As emergentes China e Índia nem mesmo enviaram representantes a Berlim. Apesar de atualmente constarem entre os cinco piores poluentes, ambas se recusam a contribuir, alegando que a "responsabilidade histórica" pelo aquecimento global cabe aos países ocidentais, que há muito mais tempo vêm lançando gases do efeito estufa na atmosfera.
Causadores e vítimas unidos
Segundo o ministro alemão do Desenvolvimento, Gerd Müller, o financiamento de projetos com recursos do fundo começa já em 2015. "Se as pessoas não querem acabar como os dinossauros, precisamos agir já", declarou.
Criado quatro anos atrás na Conferência do Clima em Cancún, no México, o Fundo Verde é considerado um importante elemento na política global para o clima. Na ocasião, os países presentes se propuseram a disponibilizar, a partir de 2020, cerca de 100 bilhões de dólares por ano, provindos de recursos privados e estatais.
Metade do fundo se destina a projetos – por exemplo, de proteção florestal – voltados a desacelerar as mudanças climáticas, no sentido de alcançar a meta de 2ºC de aquecimento global máximo em relação ao início da industrialização.
A outra metade financiará iniciativas para melhoria da sobrevivência e qualidade de vida nas nações ameaçadas por fenômenos meteorológicos extremos e pela elevação do nível do mar.
Aqui se incluem sistemas de alerta precoce contra tsunamis, proteção dos manguezais e prevenção de secas e inundações.
Fundo Verde do Clima une causadores e vítimas da poluição ambiental: as nações que, com suas fábricas, aeronaves e automóveis, contribuem decisivamente para o aquecimento global, têm a chance de auxiliar financeiramente aquelas que, já agora, sofrem o impacto das mudanças climáticas.
CN/dpa/afp/epd
Representantes de cerca de 20 Estados se reuniram nesta quinta-feira (20/11) em Berlim para negociar as doações. Dos 10 bilhões de dólares estipulados como meta na Conferência do Clima de 2010, foram arrecadados 9,3 bilhões de dólares. Mais doações são esperadas até o fim do ano.
Antes da reunião desta quarta-feira, já estavam disponíveis 7,5 bilhões de dólares para o fundo. Os maiores financiadores são os Estados Unidos, com 3 bilhões, seguindo do Japão, 1,5 bilhão, e do Reino Unido, 1,2 bilhão de dólares.
Alemanha prometeu doar 750 milhões de dólares nos próximos quatro anos. O Panamá, Nova Zelândia, Finlândia, Mongólia e Espanha também prometeram doações. A Rússia participou da negociação, mas não fez nenhuma contribuição.
As emergentes China e Índia nem mesmo enviaram representantes a Berlim. Apesar de atualmente constarem entre os cinco piores poluentes, ambas se recusam a contribuir, alegando que a "responsabilidade histórica" pelo aquecimento global cabe aos países ocidentais, que há muito mais tempo vêm lançando gases do efeito estufa na atmosfera.
Causadores e vítimas unidos
Segundo o ministro alemão do Desenvolvimento, Gerd Müller, o financiamento de projetos com recursos do fundo começa já em 2015. "Se as pessoas não querem acabar como os dinossauros, precisamos agir já", declarou.
Criado quatro anos atrás na Conferência do Clima em Cancún, no México, o Fundo Verde é considerado um importante elemento na política global para o clima. Na ocasião, os países presentes se propuseram a disponibilizar, a partir de 2020, cerca de 100 bilhões de dólares por ano, provindos de recursos privados e estatais.
Metade do fundo se destina a projetos – por exemplo, de proteção florestal – voltados a desacelerar as mudanças climáticas, no sentido de alcançar a meta de 2ºC de aquecimento global máximo em relação ao início da industrialização.
A outra metade financiará iniciativas para melhoria da sobrevivência e qualidade de vida nas nações ameaçadas por fenômenos meteorológicos extremos e pela elevação do nível do mar.
Aqui se incluem sistemas de alerta precoce contra tsunamis, proteção dos manguezais e prevenção de secas e inundações.
Fundo Verde do Clima une causadores e vítimas da poluição ambiental: as nações que, com suas fábricas, aeronaves e automóveis, contribuem decisivamente para o aquecimento global, têm a chance de auxiliar financeiramente aquelas que, já agora, sofrem o impacto das mudanças climáticas.
CN/dpa/afp/epd
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