Cristina Kirchner
Redação Clarín em Português
Um
juiz determinou, na semana passada, uma blitz em uma empresa da
presidente Cristina Kirchner que estava em falta com o fisco. Cristina
atacou o juiz. Mas ele não recuou. Nesta quinta, 27, o escândalo com a
empresa da presidente cresceu e a reação do governo também.
O juiz Claudio Bonadío pediu, nesta quinta, à AFIP (Receita Federal argentina) cópias das declarações de renda da presidente Cristina Kirchner e dos filhos dela, Máximo e Florencia, herdeiros da presidente e do ex-presidente Nestor Kirchner, morto em 2010. Bonadio também solicitou os mesmos documentos do empresário Lázaro Báez entregues à AFIP. Báez tem negócios com a família Kirchner.
O juiz quer saber se a Hotesur, empresa que dos Kirchner que administra um de seus hoteis, o Alto Calafate, é, na verdade, apenas o fio da meada de um esquema de "lavagem de dinheiro", como informou o jornalista Nicolás Wiñazid no jornal Clarin desta quinta.
O caso poderia envolver o hotel mais famoso dos Kirchner, o Los Sauces, perto da casa da presidente na província de Santa Cruz, na Patagônia.
Segundo a reportagem do Clarin, Báez teria recebido dinheiro público para obras e em troca conseguiria hóspedes para os hotéis da família presidencial.
Báez está sendo investigado por contas sem declarar no Uruguai, na Suíça, nos Estados Unidos e na própria Argentina.
Assessores do governo reconheceram que a empresa Hotesur não estava em dia com o fisco e passaram a atacar o juiz do caso. Primeiro, foi a própria presidente e depois parlamentares governistas. O senador kirchnerista Marcelo Fuentes fez uma denúncia judicial contra o juiz por "enriquecimento ilícito" e "abuso de autoridade".
Nesta quinta, o chefe dos fiscais, Ricardo Echegarray, falou sobre outros argentinos com contas na Suíça.
Uma guerra de denúncias que para especialistas e opositores pode ser só o começo de muitos problemas para Cristina explicar sua fortuna.
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