É…
Quando Dilma Rousseff vai demitir Graça Foster? Ou quando Graça Foster
vai se demitir? Quando essa gente vai ter um pouco de bom senso? Por que
escrevo essas coisas?
Em
fevereiro, a VEJA denunciou que a empresa holandesa SBM havia pagado
propina para funcionários e intermediários da Petrobras. A revista,
claro!, apanhou da canalhada. No fim de março, Graça anunciou com
solenidade que a empresa havia feito uma investigação interna e não
havia encontrado nada de errado.
Na semana
passada, o Ministério Público da Holanda aplicou uma multa de US$ 240
milhões à SBM por propinas pagas mundo afora, inclusive… no Brasil, em
negócios com a Petrobras!
E eis que
acontecem, então, milagres. O ministro Jorge Hage, da Corregedoria-Geral
da União, revela que há, sim, uma investigação em curso. É mesmo? E,
mais surpreendente, Graça Foster revela hoje que a Petrobras, de fato,
tinha conhecimento do pagamento de propina desde meados do ano.
É? Alguém
foi punido? Algum funcionário foi preventivamente afastado? Providências
foram tomadas? É razoável que a confirmação oficial da roubalheira
parta do Ministério Público da Holanda? Disse:
“Passadas algumas semanas, alguns meses [da investigação interna da Petrobras], eu fui informada de que havia, sim, pagamentos de propina para empregado ou ex-empregado de Petrobras. Imediatamente, e imediatamente é “imediatamente”, é que informamos a SBM de que ela não participaria de licitação conosco enquanto não fosse identificada a origem, o nome de pessoas que estão se deixando subornar na Petrobras. E é isso que aconteceu, tivemos uma licitação recente, para plataformas nos campos de Libra e Tartaruga Verde, e a SBM não participou.”
É pouco e
errado, minha senhora! Quem estava informado sobre tudo isso? A
Petrobras não é patrimônio seu, mas do povo brasileiro.
Esta
senhora falou ainda outra coisa estranha. Disse não haver nenhuma
“informação avassaladora” que justifique rompimento de contrato com
empreiteiras. Epa! Eu também me oponho a que se paralisem todas as obras
ou a que se rompam todos os contratos. Mas daí a dizer que não existem
“informações avassaladoras” vai uma distância imensa.
Graça não
considera “avassalador” que um mero estafeta do PT, como Pedro Barusco,
aceite devolver R$ 252 milhões? Ela não considera “avassalador” que uma
única empresa, a Toyo Setal, confesse ter pagado pelo menos R$ 154
milhões a dois diretores?
Graça,
ouça um bom conselho, eu lhe dou de graça, como dizia Chico Buarque: vá
para casa, peça demissão, facilite a vida da presidente. Seu tempo
acabou.
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