segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Imazon aponta alta de 467% no desmate da Amazônia em outubro


17/11/2014 11h28 - Atualizado em 17/11/2014 11h38

Monitoramento é paralelo ao oficial, feito pelo Inpe.
Rondônia foi o estado com mais derrubadas, segundo a ONG.


Do G1, em São Paulo
Imagem de 14 de outubro deste ano mostra árvore solitária em área devastada pelo desmatamento ilegal na área de floresta amazônica no estado do Pará (Foto: Raphael Alves/AFP)Imagem de 14 de outubro deste ano mostra árvore solitária em área devastada pelo desmatamento ilegal na área de floresta amazônica no estado do Pará 
O levantamento não-oficial de desmatamento feito pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), de Belém, apontou nova alta na devastação da floresta amazônica em relação ao ano passado. O SAD, como se chama esse monitoramento independente, detectou 244 km² de desmatamento na Amazônia Legal em outubro de 2014. Isso representou um aumento de 467% em relação a outubro de 2013, quando o desmatamento somou 43 km².

O Imazon destacou que, por cusa da cobertura de nuvens, foi possível monitorar 72% da área florestal na Amazônia Legal enquanto que em outubro de 2013 o monitoramento cobriu uma área menor (69%) do território.

Em outubro de 2014, o desmatamento se concentrou em Rondônia (27%), Mato Grosso (23%), seguido pelo Pará (22%) e Amazonas (13%), com menor ocorrência em Roraima (9%), Acre (5%) e Amapá (1%).

As florestas degradadas (parcialmente destruidas) na Amazônia Legal somaram 468 quilômetros quadrados em outubro de 2014. Em relação a outubro de 2013 houve um aumento de 1.070%, quando a degradação florestal somou 40 quilômetros quadrados.

O SAD do Imazon já havia indica aumento de 191% em agosto e setembro de 2014, em relação ao mesmo bimestre de 2013. Em termos absolutos, naqueles meses, a alta foi de 288 km² para 838 km².
O levantamento do Imazon é paralelo ao realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que utiliza o sistema Deter. O dado mais recente do Deter foi divulgado em setembro, com números referentes aos meses de junho e julho, e também indicava aumento de 195% no desmate na comparação entre os dois meses de 2013 e 2014. As informações são utilizadas pelo Ministério do Meio Ambiente para controlar a devastação do bioma.


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