terça-feira, 18 de novembro de 2014

Greenpeace faz protesto em frente à sede da Caixa

Construcard
Greenpeace faz protesto em frente à sede da Caixa
Publicado: 18 de novembro de 2014 às 16:11
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Caixa diz que cabe aos órgãos ambientais a fiscalização da aquisição da madeira. (Foto: Marcelo Camargo/ABr)


Duas toneladas de pó de serra foram despejadas hoje (18) em frente à sede da Caixa Econômica Federal, em Brasília, como parte da campanha “Para o programa ser legal, a madeira não pode ser ilegal”, organizado pelo Greenpeace Brasil. O ato representa protesto contra a ligação, de acordo com o Greenpeace, de algumas lojas cadastradas no programa Construcard, da Caixa, com planos de manejo fraudulentos ou com falhas técnicas.


Com relação ao protesto, a Caixa divulgou nota informando que “não cabe [à Caixa], mas sim aos órgãos ambientais, a fiscalização da aquisição da madeira”. A Caixa informou ainda que há mais de 60 empresas conveniadas para vender material de construção por meio do programa. Acrescentou que essas empresas devem respeitar as normas e legislação aplicáveis aos fornecedores e produtos oferecidos. A nota informou ainda que a Caixa vai adotar as “medidas cabíveis a partir da apuração dos fatos junto aos órgãos competentes”.


Segundo as acusações do Greenpeace, as investigações feitas pela organização sugerem que, dos cinco casos de transações comerciais com indício de fraude identificados pela organização não governamental (ONG), três foram feitos com lojas cadastradas no programa Construcard.


Agora o Greenpeace pede à Caixa que essas lojas sejam descadastradas do programa e também que o banco reformule sua política de credenciamento. O Construcard é um programa que financia a reforma e construção de casas para pessoa física em lojas conveniadas com o banco. O documento que consolida as investigações estão disponíveis no site da organização.


Para a porta voz Greenpeace Marina Lacôrte, o programa do banco, por meio do cartão Construcard, acaba financiando, de forma indireta, o consumo de madeira extraída ilegalmente na Amazônia. “Existe um excesso de crédito, por conta da facilidade na geração desse crédito, para a compra dessa madeira que, aliada a uma fiscalização pouco eficiente, acaba garantindo documentação oficial a essa madeira ilegal”, disse.


Uma das ferramentas de controle do banco é a exigência de apresentação de documentos de origem florestal (DOF). Para o Greenpeace, a apresentação do documento – se feita dentro das normas -  constitui garantia de que a madeira comercializada no programa seja proveniente de área legal, trabalho feito em parceria com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Ministério do Meio Ambiente.(ABr)

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