Passado o período eleitoral, o PT de
Pernambuco abriu processo interno para a expulsão dos “infiéis” do
partido. Sem querer antecipar nomes, em respeito ao código de ética da
legenda, a presidente estadual da legenda, deputada estadual Teresa
Leitão, adiantou que a lista compreende aproximadamente cem nomes e
inclui três prefeitos, que apoiaram candidatos fora do arco de alianças
formado pela sigla.
Se antecipando à decisão, 22 membros do
PT pediram desligamento do partido na tarde desta segunda-feira (17).
Membro da executiva nacional do PT, Gilson Guimarães foi um dos
que anunciaram a saída do partido.
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Na reta final das eleições, Guimarães e a corrente PT de Luta e Massas (PTLM), da qual ele faz parte, rompeu com os candidatos Armando Monteiro Neto (PTB) e João Paulo (PT) e declararam apoio às candidaturas de Paulo Câmara (PSB) e Fernando Bezerra Coelho (PSB).
Quanto à saída de membros do partido,
Teresa disse que viu como questões pessoais. “Primeiro, eles perceberam
que o processo, de fato, iria acontecer e segundo é realmente menos
traumático. De qualquer maneira não é fácil o processo de expulsão.
Estamos tendo todo o cuidado para ter uma conduta ética e partidária
para não expor ninguém”, disse a presidente do partido. “Mas o partido
está acima das pessoas, então não podemos expor o partido”, acrescentou.
Os três prefeitos citados na lista, que
vão receber o comunicado de abertura do processo de expulsão, são:
Robson Silva Barbosa, Jatobá, Argemiro Cavalcanti Pimentel, de Machados,
e Reginaldo Crateú Cavalcante, de Orocó.
Segundo Teresa Leitão, os “infiéis” têm
dez dias para darem entrada na defesa e o processo deve durar 90 dias.
“Foi uma posição pessoal e política de cada um. Eles sabiam que o
processo ia acontecer”, explicou, acrescentando que o PT orientou cada
prefeito sobre as represálias a que estavam sujeitos caso apoiassem
candidatos fora da aliança.
Uma expulsão em massa é um fato inédito
no PT em Pernambuco. Em 34 anos de fundação, há apenas dois registros de
expulsão do ex-deputado Nelson Pereira, de Mirandiba (agora no PC do
B), por ameaça a um dirigente, e de um vereador de Olinda.
CARAVANA – Além da
discussão sobre o teor dos processos disciplinares, a executiva estadual
do PT definiu nesta segunda outros três pontos: a assinatura da
resolução política do partido, a organização da caravana para a posse de
Dilma e será apresentado o balanço financeiro da campanha.
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