Cerca de 1,5 mil manifestantes invadiram os dois prédios. Os grupos reivindicam agilidade no processo de destinação de terras para a reforma agrária
lia.sahadi@jornaldebrasilia.com.br
Cerca de 1,5 mil trabalhadores rurais, integrantes de nove movimentos sociais de luta pela terra, ocuparam as sedes da Secretaria de Agricultura e da Terracap, as duas na Asa Norte. Os grupos começaram a chegar aos locais por volta das 5h e as 8h invadiram os edifícios.
Os manifestantes são do Movimento de Luta Pela Terra (MLT), Movimento dos Trabalhadores Desempregados (MTD), Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) e do Movimento Brasileiro dos Sem-Terra (MBST). Eles reivindicam agilidade no processo de destinação de terras para a reforma agrária, principalmente das áreas já apresentadas aos dois orgãos do Governo do Distrito Federal.
Com a manifestação, os participantes também destacam a urgente necessidade de uma reforma política e da democratização dos meios de comunicação no País, além de vinculação da produção à agroecologia, a manutenção proibida da pulverização aérea e a transformação do DF em território livre de transgênicos.
Até o momento, o protesto é pacífico e não há registros de ocorrências.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília
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Qual a sua visão, estimado leitor, dos
assentamentos do MST? Dependendo da inclinação ideológica ou do apreço
pelos fatos, a visão oscilará entre verdadeiras “favelas rurais”
abandonadas, incapazes de manter sequer a autossuficiência e dependentes
dos subsídios estatais, e lindas comunidades felizes com escolas para
crianças e verduras fresquinhas para o consumo local.
O que o leitor provavelmente não terá
como visão é um grupo de camponeses fazendo especulação imobiliária e
amealhando boas quantias com a venda de “suas” terras, não é mesmo? Pois
é exatamente o que tem acontecido. O encarecimento das terras tem
mexido com a ganância dos revolucionários socialistas, que têm vendido por até R$ 500 mil lotes para empresários do agronegócio, demonizado pelo MST:
No
assentamento Primavera, em Andradina, interior paulista, berço do MST em
São Paulo e o único do País em que o governo federal entregou a
totalidade dos títulos de propriedade definitiva, o processo de
transferência ganhou ritmo preocupante.
“Metade dos
assentados já vendeu os lotes”, diz o geógrafo Eduardo Girardi, da
Universidade Estadual Paulista (Unesp), estudioso da questão agrária.
Resultado de
uma invasão ocorrida no início dos anos de 1980, o caso de Primavera é
emblemático. Com 3.676 hectares, divididas em 210 lotes – onde vivem
cerca de 870 pessoas que dependem da agricultura – o assentamento está
sendo afetado pelas leis de mercado.
Pois é: malditas leis de mercado! Quando
se dá a liberdade de escolha e deixa o indivíduo decidir, ele acaba
optando pelo que é melhor para ele. E certamente as leis de mercado
funcionam para alocar os recursos escassos nas mãos mais produtivas,
pois conseguem obter resultados mais rentáveis.
Isso só é terrível na cabeça de quem não
entende como o mercado funciona, ou de quem deseja manter o status quo
ineficiente porque dele se beneficia. O dirigente do MST teme tais
vendas, pois elas desmoralizam o movimento, não porque prejudicam essas
famílias vendedoras.
O MST está disposto a sacrificar tais
famílias para manter sua “reforma agrária” fracassada. E está disposto a
berrar, gritar e “invadir” Brasília com 20 mil militantes para ter o
que é seu por imposição. Quem não chora não mama.
O MST adora mamar nas tetas estatais.
Produção que é bom? Isso deixam com o agronegócio mesmo, o “demônio
capitalista” responsável por mais de R$ 100 bilhões de exportações para o
país.
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