sexta-feira, 14 de novembro de 2014

No DF, movimentos sociais (dos que querem terra de graça) ocupam sedes da Agricultura e Terracap



Cerca de 1,5 mil manifestantes invadiram os dois prédios. Os grupos reivindicam agilidade no processo de destinação de terras para a reforma agrária
 

lia.sahadi@jornaldebrasilia.com.br


Cerca de 1,5 mil trabalhadores rurais, integrantes de nove movimentos sociais de luta pela terra, ocuparam as sedes da Secretaria de Agricultura e da Terracap, as duas na Asa Norte. Os grupos começaram a chegar aos locais por volta das 5h e as 8h invadiram os edifícios. 

Os manifestantes são do Movimento de Luta Pela Terra (MLT), Movimento dos Trabalhadores Desempregados (MTD), Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) e do Movimento Brasileiro dos Sem-Terra (MBST). Eles reivindicam agilidade no processo de destinação de terras para a reforma agrária, principalmente das áreas já apresentadas aos dois orgãos do Governo do Distrito Federal. 


Com a manifestação, os participantes também destacam a urgente necessidade de uma reforma política e da democratização dos meios de comunicação no País, além de vinculação da produção à agroecologia, a manutenção proibida da pulverização aérea e a transformação do DF em território livre de transgênicos.
Até o momento, o protesto é pacífico e não há registros de ocorrências.



Fonte: Da redação do Jornal de Brasília


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Qual a sua visão, estimado leitor, dos assentamentos do MST? Dependendo da inclinação ideológica ou do apreço pelos fatos, a visão oscilará entre verdadeiras “favelas rurais” abandonadas, incapazes de manter sequer a autossuficiência e dependentes dos subsídios estatais, e lindas comunidades felizes com escolas para crianças e verduras fresquinhas para o consumo local.


O que o leitor provavelmente não terá como visão é um grupo de camponeses fazendo especulação imobiliária e amealhando boas quantias com a venda de “suas” terras, não é mesmo? Pois é exatamente o que tem acontecido. O encarecimento das terras tem mexido com a ganância dos revolucionários socialistas, que têm vendido por até R$ 500 mil lotes para empresários do agronegócio, demonizado pelo MST:


No assentamento Primavera, em Andradina, interior paulista, berço do MST em São Paulo e o único do País em que o governo federal entregou a totalidade dos títulos de propriedade definitiva, o processo de transferência ganhou ritmo preocupante.


“Metade dos assentados já vendeu os lotes”, diz o geógrafo Eduardo Girardi, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), estudioso da questão agrária.


Resultado de uma invasão ocorrida no início dos anos de 1980, o caso de Primavera é emblemático. Com 3.676 hectares, divididas em 210 lotes – onde vivem cerca de 870 pessoas que dependem da agricultura – o assentamento está sendo afetado pelas leis de mercado.


Pois é: malditas leis de mercado! Quando se dá a liberdade de escolha e deixa o indivíduo decidir, ele acaba optando pelo que é melhor para ele. E certamente as leis de mercado funcionam para alocar os recursos escassos nas mãos mais produtivas, pois conseguem obter resultados mais rentáveis.


Isso só é terrível na cabeça de quem não entende como o mercado funciona, ou de quem deseja manter o status quo ineficiente porque dele se beneficia. O dirigente do MST teme tais vendas, pois elas desmoralizam o movimento, não porque prejudicam essas famílias vendedoras.


O MST está disposto a sacrificar tais famílias para manter sua “reforma agrária” fracassada. E está disposto a berrar, gritar e “invadir” Brasília com 20 mil militantes para ter o que é seu por imposição. Quem não chora não mama.
O MST adora mamar nas tetas estatais. Produção que é bom? Isso deixam com o agronegócio mesmo, o “demônio capitalista” responsável por mais de R$ 100 bilhões de exportações para o país.


Rodrigo Constantino

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