Vital do Rego protegendo Renan Calheiros na CPMI da Petrobras. Premiado com indicação ao TCU.
O presidente da CPI da Petrobras, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), já
tem garantido seu prêmio pela atuação na comissão, questionada por
parlamentares da oposição. Ele será o indicado pelo PMDB do Senado para
ser ministro do Tribunal de Contas da União, na vaga de José Jorge, que
se aposenta ainda este mês.
Integrantes da cúpula peemedebista contam que Vital, desde que chegou
ao Senado, foi um fiel cumpridor das missões que os caciques do PMDB
lhe delegaram. Exemplo disso foi a cena desta terça-feira, em que Vital encerrou de supetão a sessão da CPI para
evitar a convocação do presidente licenciado da Petrobras, Sérgio
Machado, indicado pelo senador Renan Calheiros (PMDB-AL). - Renan estava
muito tenso com a possibilidade do Sérgio Machado ser
convocado e Vital foi lá e cumpriu sua missão de impedir essa convocação
- conta um peemedebista que faz parte do comando do partido.
A experiência de Vital do Rêgo na disputa pelo governo da Paraíba
este ano foi considerada um "desastre", com apenas 4% das intenções de
voto. Isso, na opinião de caciques do PMDB, traz poucas perspectivas
para Vital em 2018. Além disso, destacam, o irmão do senador, o
ex-prefeito de Campina Grande Veneziano Vital do Rêgo, teria maior
liderança política do que o irmão mais velho.
A indicação para o TCU
viria a calhar por esses motivos, pois Vital deixaria o caminho livre
para o irmão assumir protagonismo na Paraíba e deixaria ao senador a
garantia de um cargo vitalício, diante das suas pequenas chances de se
eleger em 2018 para um novo cargo.
Vital vinha sendo elogiado pela oposição até poucas semanas atrás por
demonstrar isenção no comando da delicada investigação. A relação
começou a piorar, porém, quando na semana do segundo turno das eleições
ele não permitiu a votação de requerimentos de convocação como o do
tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. Desde então, o senador do PMDB
abandonou a independência e assumiu a postura de operador do governo.
Na
sessão desta tarde encerrou a parte deliberativa por falta de quórum e,
quando o número necessário foi atingido, encerrou a própria reunião, em
jogo combinado com o líder do PT, Humberto Costa (PE), que o alertou
sobre o início de votações no plenário do Senado. Para virar ministro do
TCU, Vital precisará ter seu nome aprovado pelo Senado com 41 votos
favoráveis e ter a indicação referendada por 257 dos 513 deputados. (O Globo)
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