terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Pessimo ensino no DF sob o PT:Não seria proposital?


Os 66 alunos da instituição que fizeram o exame se destacaram na disciplina de matemática com uma média de 793,5 pontos





22/12/2014 20:13  Correio Braziliense
Apenas uma escola do Distrito Federal parece no ranking das 100 primeiras instituições mais bem avaliadas de acordo com as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2013. O levantamento foi divulgado na tarde desta segunda-feira (22/12) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Um colégio particular da Asa Sul alcançou o 16º lugar com uma média de 702,2 na avaliação do Ministério da Educação. Os 66 alunos da instituição que fizeram o exame se destacaram na disciplina de matemática com uma média de 793,5 pontos.

A instituições de ensino da região Sudeste do país se destacaram. Segundo os dados, 77 escolas estão entre as 100 melhores. Entre elas, 28 ficam em São Paulo, 23 no Rio de janeiro e 22 em Minas Gerais.

 

Quase 5 mil escolas tiraram menos de 500 na redação do Enem 2013

Para professora de português, baixo desempenho na redação se deve à falta de leitura e ao déficit no ensino da disciplina

22/12/2014 20:07
Pouco mais de um terço dos colégios (33,87%) tiveram nota inferior a 500 pontos na média de redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2013. São 4,9 mil entre 14,7 mil instituições de ensino. Com a nota abaixo de 500 na dissertação, elas são classificadas no nível 1 (o mais baixo na prova) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

A professora de português e escritora Lucília Garcez especula que um dos motivos do baixo desempenho dos jovens nas prova escrita seja a deficiência do ensino de redação. “O ensino da disciplina ainda é inadequado. O processo de escrita envolve releituras, reestruturações, revisões: você não entrega um texto sem ler. Esse é o processo normal de escrita, mas nas escolas não é assim. Os professores mandam escrever, o aluno e entrega a primeira versão, o texto é corrido e fim”, critica. “Na prova, faltou o aluno reler, revisar e reestruturar.”

Marcelo Dischinger/Divulgação
Cada brasileiro lê, em média, quatro livros por ano. Tirando os livros didáticos, o número cai para um. Em países desenvolvidos, a média chega a 15. Segundo a ex-professora da Universidade de Brasília, isso prejudica fortemente o domínio do português. “Para dominar a língua, é preciso usá-la na fala, na leitura e na escrita. No quesito leitura, estamos muito mal, e é na leitura que você adquire o domínio da escrita”, observa.

A falta de estímulo também aparece. “Com raras exceções, os professores também não são leitores. A sociedade não é leitora e não gera um ambiente favorável. Para completar, os livros são caros e 75% dos brasileiros nunca entrou numa biblioteca. Somos um país novo, e a era da imagem chegou antes de o Brasil ter se tornado uma nação leitora. Tudo isso contribui para um baixo desempenho na redação.”

Públicas x Particulares
Questionada sobre a diferença de desempenho entre colégios privados e os mantidos pelo Governo, Lucília Garcez defendeu que a disparidade se deve ao envolvimento dos pais. “Os pais das escolas particulares são mais exigentes, afinal estão pagando e querem qualidade. A escola quer garantir matrículas e precisa mostrar resultados. No entanto, nas escolas públicas os pais acham que não estão pagando e não cobram tanto. Também não há competitividade nos colégios públicos”, finaliza.

Lucília Garcez é graduada em letras pela Universidade Federal de Sergipe, com mestrado em literatura pela Universidade de Brasília (UnB) e doutorado em linguística aplicada e estudos da linguagem pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

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