Presente na manifestação contra o governo Dilma Rousseff na capital
paulista nesta tarde, o cantor e compositor Lobão disse que vai a
Brasília na próxima semana para tentar postergar a conclusão da votação
do Projeto de Lei nº 36, que flexibiliza a meta fiscal. "Vou vestir
terno", ironizou.
Segundo ele, o governo Dilma precisou flexibilizar a
meta de superávit para não sofrer um impeachment. "Foi por muito pouco",
disse. Lobão destacou que é o único artista de expressão nacional a
defender abertamente a oposição ao governo Dilma e posicionamentos de
direita e descartou a possibilidade de ter sua imagem associada à defesa
da intervenção militar. "Sou insimonalizável", disse Lobão, em
referência ao cantor Wilson Simonal, acusado de ter apoiado a ditadura.
Convocada pela internet por grupos como "Movimento Brasil Livre", "Vem Pra Rua" e "Movimento Brasileiro de Resistência", o ato reuniu cerca de 5 mil pessoas na capital paulista nesta tarde, segundo a Polícia Militar.
Divididos em três grupos distintos, cada um com seu carro de som, os manifestantes pediam, entre outras reivindicações, a derrubada do PL 36, o impeachment da presidente Dilma Rousseff e até intervenção militar. Lobão fez questão de se diferenciar do grupo que defendia a intervenção militar. "Temos objetivos comuns, como tirar o PT do poder, mas defendo os meios democráticos", esclareceu.
Fonte: Estadão Conteúdo Jornal de Brasília
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