domingo, 7 de dezembro de 2014

Para Planalto, base aliada mandou recado na votação da manobra fiscal



  por Gerson Camarotti

Apesar de ter conseguido aprovar o texto principal do projeto que flexibiliza a meta fiscal e autoriza o governo a fechar as contas públicas, o Palácio do Planalto ficou em alerta com o placar da votação. Para o núcleo político do governo, a base aliada aproveitou a votação para mandar um recado de que está insatisfeita com o tratamento recebido pela presidente Dilma Rousseff.

Há uma expectativa nos principais partidos governistas em relação ao rumo da reforma ministerial. Dilma sinalizou que só a partir desta semana vai começar a mexer nas peças políticas do primeiro escalão.

Por isso, a base aliada fez questão de garantir o quórum mínimo para a aprovação da manobra fiscal, e mesmo assim, ainda deixou como pendência um destaque agendado para ser votado nesta terça-feira (9).

O recado da base aliada ficou explicitado em números revelados em reportagem do G1, que mostrou: entre os principais partidos governistas, a dissidência foi maior no PP, PSD e PMDB.

No Planalto, chamou atenção que do total de 71 deputados do PMDB, apenas 36 votaram com o governo. No PP, dos 40 deputados, 17 apoiaram a manobra fiscal. E no PSD, de uma bancada de 45 deputados, o apoio foi de apenas 21 parlamentares.

Para um líder da base aliada, o resultado da votação foi um sinal de que se não houver uma composição satisfatória, a presidente Dilma Rousseff enfrentará dificuldade no Congresso nos próximos quatro anos

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