Publicação: 03/12/2014 06:04 Correio Braziliense
Embora com 34 das 39
pastas ainda em aberto, a presidente Dilma Rousseff pretende concluir a
reforma ministerial até 18 de dezembro, data da diplomação dela e do
vice-presidente Michel Temer pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para
o segundo mandato. Isso significaria nomear dois ministros por dia até a
data considerada ideal. A ideia, contudo, de fechar as negociações com o
PMDB ainda esta semana está frustrada. A presidente viajará para a
reunião da Unasul, no Equador, amanhã, e o vice-presidente estará no
México no início da próxima semana.
A questão é que, no caso do PMDB, fora a definição de que serão dados seis ministérios para o partido — a legenda ocupa atualmente cinco pastas —, ainda não está totalmente definida a dança das cadeiras. A senadora Kátia Abreu — o Correio mostrou ontem que ela recebeu R$ 350 mil de doações eleitorais da empresa comandada pelo produtor rural Marino José Franz, preso na Operação Terra Prometida — está confirmada para o Ministério da Agricultura e o atual ministro da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, permanecerá no cargo.
As demais opções é que seguem em aberto. É praticamente certa a indicação de Eduardo Braga (PMDB-AM) para o Ministério de Minas e Energia. O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), quer se tornar ministro da Integração Nacional, mas poderá ter de se contentar com a Previdência. Alves era padrinho político do ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Obras contra a Seca (Dnocs) Elias Fernandes Neto, que deixou o posto no início de 2012, após ser acusado de direcionamento de verbas de Defesa Civil para seu estado, o Rio Grande do Norte, e de ter desviado R$ 312 milhões dos cofres da autarquia. “Ele já vai assumir com as pessoas lembrando esse episódio. É um desgaste desnecessário”, afirmou um cacique peemedebista.
Afilhado do vice-presidente Michel Temer, o deputado Eliseu Padilha poderá ser nomeado para o Turismo. Um peemedebista de alta patente lembra que Padilha, que acabou não se reelegendo para a Câmara, é um hábil articulador político e poderá ajudar muito o governo na relação com o Congresso, missão que será espinhosa ao longo dos próximos anos.
Ainda não está definida a sexta vaga. O atual líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), é cotado, mas internamente há quem ache que ele poderia optar por permanecer no parlamento, caso o atual presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), acertasse um apoio ao nome do senador cearense para ser o candidato do partido à presidência da Casa, no biênio 2017-2018.
Extraoficialmente, o Palácio do Planalto praticamente jogou a toalha em contar com o governador do Ceará, Cid Gomes, no Ministério da Educação. Ele retornou, na última sexta-feira, de uma viagem aos Estados Unidos e reiterou o desejo de se tornar consultor do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em Washington.
Com isso, o PT voltou a desejar permanecer com a pasta. O governador eleito de Minas Gerais, Fernando Pimentel, esteve ontem com a presidente Dilma e aproveitou para fazer lobby pela indicação do deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) para substituir Henrique Paim no MEC.
A questão é que, no caso do PMDB, fora a definição de que serão dados seis ministérios para o partido — a legenda ocupa atualmente cinco pastas —, ainda não está totalmente definida a dança das cadeiras. A senadora Kátia Abreu — o Correio mostrou ontem que ela recebeu R$ 350 mil de doações eleitorais da empresa comandada pelo produtor rural Marino José Franz, preso na Operação Terra Prometida — está confirmada para o Ministério da Agricultura e o atual ministro da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, permanecerá no cargo.
As demais opções é que seguem em aberto. É praticamente certa a indicação de Eduardo Braga (PMDB-AM) para o Ministério de Minas e Energia. O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), quer se tornar ministro da Integração Nacional, mas poderá ter de se contentar com a Previdência. Alves era padrinho político do ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Obras contra a Seca (Dnocs) Elias Fernandes Neto, que deixou o posto no início de 2012, após ser acusado de direcionamento de verbas de Defesa Civil para seu estado, o Rio Grande do Norte, e de ter desviado R$ 312 milhões dos cofres da autarquia. “Ele já vai assumir com as pessoas lembrando esse episódio. É um desgaste desnecessário”, afirmou um cacique peemedebista.
Afilhado do vice-presidente Michel Temer, o deputado Eliseu Padilha poderá ser nomeado para o Turismo. Um peemedebista de alta patente lembra que Padilha, que acabou não se reelegendo para a Câmara, é um hábil articulador político e poderá ajudar muito o governo na relação com o Congresso, missão que será espinhosa ao longo dos próximos anos.
Ainda não está definida a sexta vaga. O atual líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), é cotado, mas internamente há quem ache que ele poderia optar por permanecer no parlamento, caso o atual presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), acertasse um apoio ao nome do senador cearense para ser o candidato do partido à presidência da Casa, no biênio 2017-2018.
Extraoficialmente, o Palácio do Planalto praticamente jogou a toalha em contar com o governador do Ceará, Cid Gomes, no Ministério da Educação. Ele retornou, na última sexta-feira, de uma viagem aos Estados Unidos e reiterou o desejo de se tornar consultor do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em Washington.
Com isso, o PT voltou a desejar permanecer com a pasta. O governador eleito de Minas Gerais, Fernando Pimentel, esteve ontem com a presidente Dilma e aproveitou para fazer lobby pela indicação do deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) para substituir Henrique Paim no MEC.
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