02/12/2014
Ocorre que, também quando se trata de espalhar germes, esses secadores parecem ser muito eficientes.
Pesquisadores da Universidade de Leeds (Reino Unido) descobriram que os secadores, sejam os aquecedores de mão com sopradores suaves, sejam os modelos que funcionam com potentes jatos de ar, espalham as bactérias pelo ambiente.
As contagens de germes no ar foram 27 vezes maiores nos banheiros com secadores a jato de ar do que nos banheiros com dispensadores de papel toalha.
As contagens bacterianas perto dos secadores de jato de ar foram 4,5 vezes maiores do que em torno dos secadores de mão e 27 vezes maiores do que quando se usam toalhas de papel.
Os resultados do estudo foram publicados na revista científica Journal of Hospital Infection e apresentados na Conferência Internacional da Healthcare Infection Society.
Os jatos de ar (esquerda) apresentam o maior espalhamento de bactérias, seguidos pelos secadores de mão (centro) e pelas toalhas de papel (direita). [Imagem: Mark Wilcox/Universidade de Leeds] |
Bactérias persistentes
Segundo os pesquisadores, as bactérias persistem no ar ao lado dos secadores bem além dos 15 segundos que em média os usuários levam para secar as mãos, com cerca de metade (48%) dos germes coletados mais de cinco minutos após o término da secagem - as bactérias foram detectadas no ar até 15 minutos após a secagem das mãos.
"Da próxima vez que você secar as mãos em um banheiro público usando um secador de mão elétrico, você pode estar espalhando bactérias sem saber. E você também pode estar sendo salpicado com germes das mãos de outras pessoas," alerta o Dr. Mark Wilcox, líder da equipe que realizou o estudo.
"Estes resultados são importantes para a compreensão das maneiras como as bactérias se espalham, com potencial de transmissão de doenças e enfermidades," finalizou ele.
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