quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Petrolão Solidários ao juiz Sergio Moro, ministros do STJ protestam contra roubalheira



Ministros do STJ, como Félix Fischer, desabafam contra corrupção no País

Publicado: 26 de novembro de 2014 às 9:26 - Atualizado às 12:53

Ministro Felix Fischer: brado de indignação


Durante julgamento de recurso que manteve a prisão de João Procópio de Almeida Prado (ligado ao megadoleiro Alberto Youssef), na Operação Lava Jato, ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) elogiaram a atuação do titular da Vara Criminal Federal de Curitiba, juiz Sérgio Moro, e desabafaram contra o espantoso caso de corrupção do Petrolão, iniciado no governo Lula e desbaratado há oito meses.


O ministro Félix Fischer, por exemplo, que até há poucos meses presidiu o STJ, disse que a corrupção no Brasil está entre as maiores do planeta. E afirmou, taxativamente: “Acho que nenhum outro país viveu tamanha roubalheira”.
min Newton Trisotto
Ministro Newton Trisotto


O ministro Newton Trisotto, relator do processo em exame na sessão de ontem, disse que a corrupção brasileira é “uma das maiores vergonhas da humanidade”.

Ele ressaltou a extensão da Operação Lava-Jato, ao revelar cifras bilionárias.


“Pelo valor das evoluções, algo gravíssimo aconteceu”, afirmou Trisotto.


O relator Newton Trisotto pediu ainda “coragem” para o juiz Sérgio Moro, citando o jurista Ruy Barbosa ao dizer que um juiz não pode ser covarde: “Não há salvação para o juiz covarde. O juiz precisa ter coragem para condenar ou absolver os políticos e os economicamente poderosos”.

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