Ministros do STJ, como Félix Fischer, desabafam contra corrupção no País
Publicado: 26 de novembro de 2014 às 9:26 - Atualizado às 12:53
Durante julgamento de recurso que manteve a prisão de João Procópio
de Almeida Prado (ligado ao megadoleiro Alberto Youssef), na Operação
Lava Jato, ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) elogiaram a
atuação do titular da Vara Criminal Federal de Curitiba, juiz Sérgio
Moro, e desabafaram contra o espantoso caso de corrupção do Petrolão,
iniciado no governo Lula e desbaratado há oito meses.O ministro Félix Fischer, por exemplo, que até há poucos meses presidiu o STJ, disse que a corrupção no Brasil está entre as maiores do planeta. E afirmou, taxativamente: “Acho que nenhum outro país viveu tamanha roubalheira”.
O ministro Newton Trisotto, relator do processo em exame na sessão de ontem, disse que a corrupção brasileira é “uma das maiores vergonhas da humanidade”.
Ele ressaltou a extensão da Operação Lava-Jato, ao revelar cifras bilionárias.
“Pelo valor das evoluções, algo gravíssimo aconteceu”, afirmou Trisotto.
O relator Newton Trisotto pediu ainda “coragem” para o juiz Sérgio
Moro, citando o jurista Ruy Barbosa ao dizer que um juiz não pode ser
covarde: “Não há salvação para o juiz covarde. O juiz precisa ter
coragem para condenar ou absolver os políticos e os economicamente
poderosos”.
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