O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), defendeu
nesta terça-feira (2) os brasileiros que foram ao Congresso protestar
contra o PLN 36, projeto que altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias
(LDO) e livra a presidente Dilma Rousseff de cumprir a meta fiscal de
2014.
Após uma tumultuada sessão, que acabou com o manifestantes
retirados à força por ordem do presidente Renan Calheiros, Aécio afirmou
que a base da presidente Dilma cometeu um grave equívoco ao impedir o
acesso do público às galerias da Câmara.
“Esta é a casa do povo. E
o PT tem que aprender a conviver novamente com o povo nas galerias. A
população brasileira acordou. A verdade é que existe um Brasil
diferente, que hoje o PT e seus aliados ainda não perceberam”, afirmou
Aécio Neves.
Para Aécio, o erro começou com a tentativa da base
governista de votar o projeto longe dos olhos da população. “As pessoas
estão participando do que está acontecendo no Brasil. Elas querem saber e
algumas querem vir aqui no Congresso Nacional. Vamos fechar as galerias
para atender a uma base que quer votar escondido uma proposta desta
gravidade com estas consequências para o país? Não, esta é a casa da
democracia”, ressaltou.
Logo no início da sessão, o presidente
nacional do PSDB protestou contra a medida, sugerindo que as senhas
distribuídas e não usadas por partidos da base do governo fossem
disponibilizadas para o público que ficou do lado de fora.
“Eu
presidi essa Casa durante dois anos. Quando havia isso, os partidos que
pegavam as senhas e não as distribuíam, nós liberávamos a galeria para
aqueles que quisessem participar das sessões. Infelizmente, o ato
truculento da Mesa do Congresso Nacional acabou prejudicando o próprio
governo”, lamentou.
Chantagem
Aécio também criticou o decreto da presidente Dilma que vincula a liberação de R$ 444 milhões em emendas parlamentares à aprovação do PLN 36. “É como se a presidente tivesse colocado um cifrão na testa de cada parlamentar dizendo “vocês valem R$ 700 mil reais cada um”. Isso não engrandece o parlamento”, disse.
Aécio também criticou o decreto da presidente Dilma que vincula a liberação de R$ 444 milhões em emendas parlamentares à aprovação do PLN 36. “É como se a presidente tivesse colocado um cifrão na testa de cada parlamentar dizendo “vocês valem R$ 700 mil reais cada um”. Isso não engrandece o parlamento”, disse.
O povo e a Oposição unidos impediram que fraude fiscal de Dilma fosse aprovada pelo PT, PMDB e base alugada. Luta continua.
O governo fracassou nesta terça-feira na sua quarta tentativa de votar a proposta que
permite o descumprimento da meta fiscal de 2014. Um clima de guerra se instalou
na sessão do Congresso, com brigas e xingamentos entre manifestantes,
parlamentares e seguranças nas galerias da Casa, o que levou o presidente do
Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) a suspender os trabalhos.
Após dias de rebeldia entre os aliados, os principais partidos da base
entraram em acordo para ajudar o Palácio do Planalto a aprovar a medida. Porém,
a oposição, com ajuda de um grupo que acompanhava a sessão nas galerias da
Câmara e gritava palavras de ordem contra parlamentares da base, conseguiu
impedir a análise do projeto.
Após mais de uma hora de confusão, Renan interrompeu os trabalhos e remarcou
a sessão para as 10h de hoje. O cancelamento foi uma vitória da oposição. Como
faltam ser apreciados os vetos presidenciais, há o risco de a votação da mudança
da meta fiscal só ocorrer no dia 9.
Visivelmente
ainda irritado, o presidente do Congresso criticou a atuação dos
manifestantes e chegou a sugerir que
seriam manifestantes "assalariados". Muitos manifestantes aditiram serem
ligados ao PSDB. - Suspendemos
a sessão. Esse é um caso único na história do Congresso nacional: 26
pessoas, presumivelmente assalariadas, obstruíram os trabalhos do
Congresso. Isso
demonstra a absoltua responsbailidade que a oposiçao tem com o fato.
São 26 pessoas assalariadas que paralisam o Congresso nacional. Que
democracia é essa que eles pedem e cobram diariamente? São 26
pessoas instrumentalizadas, provocando o Congresso, tumultuando.
Não dá
para trabalhar e conduzir uma sessão desta forma - desabafou Renan.—
Vinte e seis pessoas instrumentalizadas, provocando o Congresso,
tumultuando. Não dá para trabalhar e conduzir a sessão dessa forma —
disse
Renan.
O plenário da Câmara, onde ocorrem as sessões do Congresso, virou um
verdadeiro ringue. Enquanto nas galerias havia enfrentamento entre seguranças,
manifestantes e parlamentares da oposição, alguns deputados e senadores trocavam
xingamentos no plenário, a poucos metros de Renan, que parecia atônito com o
tumulto.
A confusão começou quando ele mandou esvaziar as galerias, por volta das 19h45m. Nesse momento, os manifestantes gritavam palavras de ordem contra Renan e o PT. — Ditador (para Renan)! O PT roubou! Vai para Cuba! — gritavam os manifestantes nas galerias.
A confusão começou quando ele mandou esvaziar as galerias, por volta das 19h45m. Nesse momento, os manifestantes gritavam palavras de ordem contra Renan e o PT. — Ditador (para Renan)! O PT roubou! Vai para Cuba! — gritavam os manifestantes nas galerias.
A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e a senadora Vanezza Grazziotim
(PCdoB-AM), que estavam discursando, entenderam que foram xingadas de
vagabundas. Jandira exigiu providências. — Não ouvi, mas a deputada disse que estavam nos chamando de vagabundas.
E a deputada Manoela D´Ávila (PCdoB-RS) contou que havia uma manifestante nos chamado de safadas — disse Vanessa.— Chamar de vagabunda é inadmissível! Minha proposta é que se esvaziem as galerias. Que se respeitem os parlamentares! — disse Jandira.
E a deputada Manoela D´Ávila (PCdoB-RS) contou que havia uma manifestante nos chamado de safadas — disse Vanessa.— Chamar de vagabunda é inadmissível! Minha proposta é que se esvaziem as galerias. Que se respeitem os parlamentares! — disse Jandira.
Os seguranças foram às galerias para retirar os manifestantes, a maioria
ligada ao PSDB, e usaram até uma arma que dá choque. Os líderes dos partidos de
oposição, então, subiram para proteger os manifestantes, e começou a briga.
Os mais exaltados eram os deputados Ronaldo Caiado (DEM-GO), líder da Minoria no Congresso, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), Fernando Francischini (SD-PR) e Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) — este, o mais irritado, que chegou a empurrar e dar cotoveladas num segurança: — Me solte que eu sou deputado! — gritava.
Os mais exaltados eram os deputados Ronaldo Caiado (DEM-GO), líder da Minoria no Congresso, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), Fernando Francischini (SD-PR) e Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) — este, o mais irritado, que chegou a empurrar e dar cotoveladas num segurança: — Me solte que eu sou deputado! — gritava.
Uma idosa de 79 anos, Ruth Gomes de Sá, afirmou ter sido agredida pelos
seguranças. — Eles me deram uma gravata! — disse a aposentada, que disse ser ligada ao
PSDB.
Num dos momentos mais tensos , os deputados Felipe Maia (DEM-RN) e Assis Melo
(PCdoB-RS) trocaram acusações e empurrões.
Assis teve que ser contido por colegas do partido e Maia, pelos correligionários democratas, inclusive seu pai, o senador Agripino Maia (DEM-RN). Outro embate ocorreu entre Domingos Sávio (PSDB-MG) e Amauri Teixeira (PT-BA). — Disse ao Amauri que ele era gordo, mas não era dois! — contou Sávio, que está usando muletas por ter operado um dos joelhos.
Assis teve que ser contido por colegas do partido e Maia, pelos correligionários democratas, inclusive seu pai, o senador Agripino Maia (DEM-RN). Outro embate ocorreu entre Domingos Sávio (PSDB-MG) e Amauri Teixeira (PT-BA). — Disse ao Amauri que ele era gordo, mas não era dois! — contou Sávio, que está usando muletas por ter operado um dos joelhos.
Os manifestantes, parte deles convocada pelo deputado Izalci (PSDB-DF),
registraram boletim de ocorrência por terem sido agredidos. O governo
terá dificuldade para conseguir quorum hoje. — Foi uma vitória nossa (da
oposição) — admitiu o líder do PSDB, Antônio
Imbassahy (BA).
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) reagiu. - O senador Renan aceitou que partidos da base, em especial o PT,
deixassem as galerias vazias, ao não distribuírem as suas senhas. Esse
sim, um acinte, um desrespeito ao Congresso Nacional. Ao
impedir o povo brasileiro de participar desta sessão, radicalizou-se o
clima. E é uma ilusão porque o povo está participando nas redes sociais,
em casa, nas universidades e vai participar cada vez mais.
Faltou a meu ver, aqui hoje, respeito à democracia - disse Aécio. (O Globo)
Faltou a meu ver, aqui hoje, respeito à democracia - disse Aécio. (O Globo)
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