Graças
ao vídeo divulgado pelo próprio governo venezuelano, por meio de um
canal estatal de TV, ficamos sabendo dos verdadeiros motivos para a mais
que suspeita visita de Elías Jaua ao Brasil, cuja babá foi presa com uma arma no
aeroporto. O intuito era fechar uma bizarra parceria com o MST para
fortalecer a “revolução socialista” em nosso país. Até o Itamaraty teve
de se pronunciar e cobrar explicações do governo “camarada”.
Uma excelente reportagem de Veja esta
semana, assinada por Leonardo Coutinho e Nathalia Watkins, esmiuça o
passado do venezuelano para jogar luz sobre a gravidade desta visita
suspeita. O que emerge é um especialista em atividades clandestinas.
Esteve, em 1992, entre os mais de mil conspiradores envolvidos na
sangrenta tentativa de golpe de Estado do coronel Hugo Chávez. Quando
este finalmente chegou ao poder, Eliás Jaua passou a fazer parte da
cúpula do novo governo.
Sua missão sempre foi cooptar, articular e
treinar “movimentos sociais” e milícias armadas para implantar o
“socialismo do século XXI”, não só na Venezuela, como em outros países
latino-americanos. O elo com o MST, portanto, seria natural para alguém
com tais “credenciais”. O estranho é ele ter vindo escondido do governo
brasileiro. O caso veio à tona com a prisão da babá de seus filhos.
Junto ao revólver, ela trazia documentos
que o delegado classificou como sendo de “cunho eleitoral e
doutrinário”. O teor foi descrito por alguns que tiveram acesso como
“forte”, “preocupante” e “explosivo”. “Identificar e neutralizar o
inimigo” seriam os objetivos ensinados pelo obscuro venezuelano. João
Pedro Stédile, líder do MST e aquele que fez ameaças de guerra caso
Aécio Neves fosse eleito, é próximo de Nicolás Maduro. É o
bolivarianismo entrando no Brasil pela porta dos fundos. A reportagem
conclui:
Jaua era membro de uma facção clandestina
de um movimento marxista chamado Bandera Roja, ou Bandeira Vermelha.
Sua meta era convencer pessoas a pegar em armas para lutar contra o
regime democrático venezuelano. É esse o tipo que vem clandestinamente
ao Brasil fechar acordos com o MST, “movimento social” próximo do PT.
Mas há quem chame de paranoia falar em risco bolivariano por aqui.
Inocentes, não sabem de nada! O que os
chavistas querem já está evidente. Quem são seus braços armados no
Brasil também já sabemos. Que o próprio PT não deseja oferecer obstáculo
algum a essa quadrilha vermelha, isso também é notório. Ou seja,
podemos contar com outras entidades na luta contra a maré vermelha, não
com aquelas que dependem diretamente da influência do governo.
E temos a obrigação de cobrar
investigações e punições contra esses que tratam nosso país como a casa
da mãe Joana, como um quintal para suas confabulações e conspirações
antidemocráticas. O que é isso, companheiro? Não passarão!
Rodrigo Constantino
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