Josias de Souza
Dilma Rousseff finalmente escreveu a sua versão da Carta
aos Brasileiros. Assemelha-se à peça divulgada por Lula em 2002 pela
caída em si. A diferença é que o texto só veio à luz agora, depois da
eleição. E foi endereçado a estrangeiros. Mais precisamente investidores
estrangeiros. No texto, Dilma 2 compromete-se a retirar a economia
nacional do mau estado em que sua antecessora a deixou.
Disponível aqui, a carta foi lida para os seus destinatários pelo presidente do BNDES, Luciano Coutinho. No terceiro parágrafo, Dilma beija a cruz: “O crescimento da economia tem estado abaixo do que todos nós esperávamos no início do ano – tanto no governo quanto no mercado – e isso tem se traduzido num desempenho fiscal menor do que o previsto.”
No quarto parágrafo, Dilma troca o malabarismo econômico pela ortodoxia: “Para os próximos anos, nossa prioridade é recuperar a capacidade de crescimento da economia, com controle rigoroso da inflação e fortalecimento das contas públicas e, assim, garantirmos o emprego e a renda.”
Nos dois parágrafos seguintes, Dilma estende o tapete vermelho para o novo ministro Joaquim Levy (Fazenda): “A nova equipe econômica trabalhará em medidas de elevação gradual, mas estrutural, do resultado primário da União, de modo a estabilizar e depois reduzir a dívida bruta do setor público em relação ao PIB…”.
“…Também continuaremos a melhorar nossa política de aumento do investimento e de produtividade do trabalho, pois é isso que sustenta um crescimento mais rápido do PIB e dos salários reais, com estabilidade macroeconômica.”
No antepenúltimo parágrafo, Dilma toca violino para o mercado e para as agências de classificação de risco: “As iniciativas em análise envolvem tanto reformas do lado fiscal, para adequar a taxa de crescimento do gasto público ao crescimento da economia, quanto maior desenvolvimento financeiro, com aumento da participação de fontes privadas no financiamento de longo prazo, em especial, da infraestrutura.”
No penúltimo parágrafo, Dilma conclui a descida do palanque. Distanciando-se daquela candidata que associava banqueiro à fuga da comida da mesa do pobre, a nova Dilma praticamente vincula o êxito de suas políticas sociais ao sucesso do mercado financeiro.
“Olhando para 2015 e além, contamos com a participação do mercado na construção de um novo ciclo de desenvolvimento da economia brasileira, em que pretendemos continuar nossa política de inclusão social e geração de igualdade de oportunidades para todos os brasileiros e brasileiras. Para isso, a profundidade, a diversidade e a qualidade regulatória do nosso mercado financeiro terão um papel cada vez mais relevante.”
Ao descer do palanque, Dilma consolida na carta aos investidores estrangeiros o estelionato que aplicou nos seus eleitores brasileiros. Sorte do pedaço do eleitorado que não votou nela.
Disponível aqui, a carta foi lida para os seus destinatários pelo presidente do BNDES, Luciano Coutinho. No terceiro parágrafo, Dilma beija a cruz: “O crescimento da economia tem estado abaixo do que todos nós esperávamos no início do ano – tanto no governo quanto no mercado – e isso tem se traduzido num desempenho fiscal menor do que o previsto.”
No quarto parágrafo, Dilma troca o malabarismo econômico pela ortodoxia: “Para os próximos anos, nossa prioridade é recuperar a capacidade de crescimento da economia, com controle rigoroso da inflação e fortalecimento das contas públicas e, assim, garantirmos o emprego e a renda.”
Nos dois parágrafos seguintes, Dilma estende o tapete vermelho para o novo ministro Joaquim Levy (Fazenda): “A nova equipe econômica trabalhará em medidas de elevação gradual, mas estrutural, do resultado primário da União, de modo a estabilizar e depois reduzir a dívida bruta do setor público em relação ao PIB…”.
“…Também continuaremos a melhorar nossa política de aumento do investimento e de produtividade do trabalho, pois é isso que sustenta um crescimento mais rápido do PIB e dos salários reais, com estabilidade macroeconômica.”
No antepenúltimo parágrafo, Dilma toca violino para o mercado e para as agências de classificação de risco: “As iniciativas em análise envolvem tanto reformas do lado fiscal, para adequar a taxa de crescimento do gasto público ao crescimento da economia, quanto maior desenvolvimento financeiro, com aumento da participação de fontes privadas no financiamento de longo prazo, em especial, da infraestrutura.”
No penúltimo parágrafo, Dilma conclui a descida do palanque. Distanciando-se daquela candidata que associava banqueiro à fuga da comida da mesa do pobre, a nova Dilma praticamente vincula o êxito de suas políticas sociais ao sucesso do mercado financeiro.
“Olhando para 2015 e além, contamos com a participação do mercado na construção de um novo ciclo de desenvolvimento da economia brasileira, em que pretendemos continuar nossa política de inclusão social e geração de igualdade de oportunidades para todos os brasileiros e brasileiras. Para isso, a profundidade, a diversidade e a qualidade regulatória do nosso mercado financeiro terão um papel cada vez mais relevante.”
Ao descer do palanque, Dilma consolida na carta aos investidores estrangeiros o estelionato que aplicou nos seus eleitores brasileiros. Sorte do pedaço do eleitorado que não votou nela.
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