Intrigam
a força-tarefa da Operação Lava Jato os detalhes da venda de poços de
petróleo da Petrobras, na África, para o banco BTG Pactual, em 2013. Em
sua delação premiada, o ex-gerente Pedro Barusco, que vai devolver US$
100 milhões em propinas, deve contar tudo. A estatal vendeu 50% dos
direitos dos poços por US$ 1,5 bilhão. Para o Tribunal de Contas da
União, valiam US$3,5 bilhões. Após a Petrobras, Barusco foi diretor da
Sete Brasil, do BTG, que fornece plataformas à petroleira.
A Petrobras vendeu poços na Tanzânia, Angola, Benin, Gabão e Namíbia. Na Nigéria, já há dois produzindo e um em desenvolvimento.
A
justificativa para a redução do preço dos poços da Nigéria foram
“potenciais riscos políticos, tributários e regulatórios”. Lorota.
Os
riscos regulatórios, claro, não se concretizaram: os poços africanos já
pagaram dividendos no valor de US$ 300 milhões aos seus donos.
O líder
do PSDB, deputado Antônio Imbassahy (BA), quer explicações: “Esse caso
da África é muito parecido com o de Pasadena”, comparou. Do site Diário do Poder
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