terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

A presidente falsa e mentirosa convoca o marqueteiro para falsear e mentir de novo.


(Folha de São Paulo) Mergulhada na pior crise de imagem desde que o PT chegou ao poder, a presidente Dilma Rousseff vai buscar a ajuda do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do marqueteiro João Santana 9foto) para afinar uma estratégia de recuperação da popularidade. Segundo a Folha apurou, Dilma e Lula ficaram de se encontrar nesta semana. A reunião, porém, depende de um espaço na agenda de ambos. No caso de João Santana, o encontro será na sexta (13). 
 
 
Dilma e Lula estiveram juntos na sexta (6), na festa de 35 anos do PT, em Belo Horizonte. O encontro, o primeiro desde a posse da petista, ocorreu antes da divulgação da pesquisa do Datafolha. A presidente não ouve os dois há muito tempo. No caso de Lula, apesar do encontro recente, os dois não tiveram tempo para falar sobre os problemas do governo. Em relação a Santana, a única vez em que estiveram juntos foi no ano passado, quando ele a ajudou a produzir o discurso de posse. 
 
 
O Datafolha mostrou forte deterioração da avaliação da presidente. Cerca de metade (47%) dos brasileiros a considera desonesta, falsa (54%) e indecisa (50%). Esses dados, somados à perda de apoio em estratos mais pobres, foram o que mais assustaram Dilma. A pesquisa apontou que 44% classificam o governo como ruim ou péssimo. É a mais baixa avaliação desde Fernando Henrique Cardoso (PSDB). 
 
 
O encontro com Lula deve colocar em marcha um conjunto de ações para uma reação. A relação entre os dois sofreu um esfriamento desde a eleição. Acostumada a consultá-lo, Dilma tem tomado decisões mais solitárias, como a que levou Aldemir Bendine ao comando da Petrobras. 
 
Nesta segunda (9), a presidente e seus principais ministros resolveram finalizar, o mais rápido possível, o pacote de medidas anticorrupção a ser enviado ao Congresso. A ideia é tentar, com isso, reverter alguns pontos de desaprovação nas pesquisas. O pacote, porém, é promessa antiga, feita ainda na eleição. O tema corrupção, impulsionado pelos desdobramentos das investigações sobre os desvios na Petrobras, rivaliza com a saúde pública como o principal problema do país, mostrou o Datafolha --21% e 26%, respectivamente.
 
ESTRATÉGIA
A estratégia de reação será definida com Lula e Santana. Essa foi a principal decisão de Dilma após reunião com seus principais ministros. O governo tem um cardápio de ações com recomendações elementares de comunicação: conceder mais entrevistas, promover mais solenidades no Planalto e viajar mais. 
 
Assim como o pacote anticorrupção, o roteiro não é novo. Há anos o PT vem batendo na tecla de que Dilma precisa correr o país e divulgar sua gestão. Ela, porém, costuma vetar agendas fora e, desde novembro, não dá entrevistas. Seu programa de rádio, "Café com Presidenta", desativado na campanha, até agora não voltou ao ar.
 
Auxiliares defendem que ela use a rede nacional de rádio e TV para explicar o pacote de medidas para reequilibrar as contas públicas e ações no combate a desvios éticos. A chefe, por ora, resiste, com receio de que isso acentue a percepção de crise. 
 
 
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