terça-feira, 10 de fevereiro de 2015
Pois é: falta de água, falta de energia, país desgovernado - ninguém investe em tanto risco:
Sem trégua no mercado de câmbio, o dólar abriu em alta ante o real
nesta terça-feira. Por volta das 11h, a cotação estava em 2,804, com
avanço de 0,86%. A moeda americana não fecha um pregão acima dos R$ 2,80
desde novembro de 2004.
Os escândalos envolvendo a Petrobras, os riscos de racionamento
hídrico e de energia, além da delicada situação fiscal e os desafios do
Palácio do Planalto no Congresso, somam-se às preocupações com a Grécia
no exterior e reduzem o apetite por risco entre os investidores - o que
eleva a procura pela moeda americana.
Diante do descontentamento dos agentes financeiros com os rumos da
inflação e do Produto Interno Bruto (PIB) do País, além da desconfiança
quanto ao cumprimento da meta fiscal de 2015 e das as preocupações
quanto à aprovação, no Congresso, do ajuste proposto pela equipe
econômica de Dilma Rousseff, os juros futuros têm refletido como
consequência mais prática e imediata um relevante aumento dos prêmios.
Por um lado, a elevação das taxas dos DIs abre oportunidades para os
investidores - particularmente os estrangeiros, em estratégias de
arbitragem -, mas a percepção ruim com o Brasil sustenta também o dólar
em alta.
Na segunda-feira, a moeda norte-americana fechou no maior patamar
ante o real desde 9 de dezembro de 2004, no sétimo avanço em dez
sessões, o que pode estimular vendas pontuais para realização de lucros
durante a sessão. No exterior, a moeda dos Estados Unidos ganha terreno
ante os dólares australiano e canadense, os pesos mexicano e chileno,
após essas divisas correlacionadas às commodities se fortalecerem,
momentaneamente, na esteira da desaceleração da inflação ao consumidor
(CPI) chinês para o menor nível em cinco anos em janeiro.
Bolsa. Depois
de fechar o pregão de segunda-feira em alta, na contramão dos mercados
internacionais, a Bovespa ajusta o foco ao exterior e exibe ganhos após a
abertura da sessão desta terça-feira.
Às 11h, o Ibovespa subia 0,08%, aos 49,422 mil pontos. As ações
preferenciais da Petrobrás, em dia de recuperação forte de valor,
avançavam 3,02%. As ordinárias subiam 3,04% no horário. (Estadã0).
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