07/02/2015
às 6:54
Dilma
Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva são dois covardes. Deveriam ter a
coragem de defender, de peito aberto, a roubalheira na Petrobras.
Deveriam deixar claro que os “nossos (deles) ladrões” são diferentes dos
ladrões dos outros. Deveriam ser didáticos e explicar ao povo
brasileiro que, quando o PT assalta os cofres públicos, está fazendo um
bem ao país e à humanidade. Mas não! Preferem sair atacando inimigos
imaginários. Nesta sexta, o partido fez em Belo Horizonte a festa dos
seus 35 anos. Estava todo mundo lá, incluindo João Vaccari Neto. Um
mínimo de bom senso, só um pouquinho, recomendaria que, durante o
discurso da presidente ao menos, o tesoureiro do partido se retirasse do
salão. Mas ele ficou. Todos ali, inclusive Dilma, conhecem o trabalho
de Vaccari…
Comento
primeiro a fala da presidente. Segundo ela, os que erraram têm de pagar.
Não me diga! Mas, em seguida, engatou a ladainha habitual: haveria um
movimento golpista no país. É mesmo? Onde ele está? Quais são as forças
de que dispõe? A que instrumentos recorreria? A quais armas? Não há
golpismo nenhum! A presidente está é com medo.
Dilma sabe
que a Lei 1.079, que define os crimes de responsabilidade — também
chamada de Lei do Impeachment —, está à espreita. A esta altura, se
ainda faltam, se é que faltam, evidências da atuação dolosa da
presidente no escândalo da Petrobras, a atuação culposa está
escancarada. Nesta sexta, publiquei um vídeo de 2009, em que Dilma ataca
a criação de uma CPI para investigar a Petrobras e assegura a
excelência do sistema contábil da empresa. Como chefe da Casa Civil,
ministra do PAC e presidente do Conselho da Petrobras, a sua obrigação
funcional era mandar investigar as denúncias, parte delas nascida de
relatórios do TCU que apontavam, por exemplo, superfaturamento na
refinaria Abreu e Lima. Republico o vídeo:
Não é que
Dilma apenas tenha deixado de atuar. Não! Já na Presidência da
República, recontratou Nestor Cerveró, que havia deixado a Petrobras.
Golpe, minha senhora, foi ter esmagado a CPI em 2009 e, mais duas vezes,
em 2014. Para que nada fosse investigado. Golpe é dilapidar o
patrimônio do povo brasileiro. Aplicar uma lei democrática é só
exercício do estado de direito.
Lula
O falastrão, que andava sumido, deu as caras na festança. Contou, como de hábito, uma mentira clamorosa: disse que o PT está ficando igual aos outros partidos. Errado! Nunca houve nada igual na República. Exercitando um cinismo asqueroso, voltou seu dedo acusador contra a oposição e a imprensa. Disparou: “Não se incomodam com o prejuízo que causaram à Petrobras e ao Brasil. Eles vão prestar contas à história”.
O falastrão, que andava sumido, deu as caras na festança. Contou, como de hábito, uma mentira clamorosa: disse que o PT está ficando igual aos outros partidos. Errado! Nunca houve nada igual na República. Exercitando um cinismo asqueroso, voltou seu dedo acusador contra a oposição e a imprensa. Disparou: “Não se incomodam com o prejuízo que causaram à Petrobras e ao Brasil. Eles vão prestar contas à história”.
Uau! Viram
só? Não é seu amigo “Paulinho” (Paulo Roberto Costa) quem causa
prejuízo à Petrobras. Não é José Sérgio Gabrielli. Não é Renato Duque.
Não é a quadrilha que se instalou na estatal em sua gestão. Segundo o
Babalorixá de Banânia, prejudicam a Petrobras os que pretendem que os
ladrões sejam enviados à cadeia.
E, ora,
ora… Ele expressou a sua indignação com a forma como Vaccari foi levado
para depor. Lula continua fiel a esta máxima: “Aos amigos tudo, menos a
lei; aos inimigos, nada; nem a lei”. E conclamou que os “companheiros”
saiam às ruas. É???
Coragem,
petistas! Organizem uma manifestação na Avenida Paulista em defesa dos
assaltantes. Convoquem uma passeata em apoio aos bandidos. Não se
esqueçam de pedir apoio ao PCC. Se é que o partido do crime aceita se
misturar com o partido do crime.
Petrolão
Acuada, Dilma pede mobilização contra 'golpismo'
Sem responder adequadamente às denúncias envolvendo a Petrobras, presidente critica a oposição em evento do PT. Lula admite 'vícios' do partido
Gabriel Castro, de Belo Horizonte
Presidente do Uruguai, Pepe Mujica, Dilma Rousseff e o ex-
presidente Lula participam da comemoração aos 35 anos do PT em Belo
Horizonte (MG)
(Ricardo Bastos/Estadão Conteúdo)
O ato desta sexta foi ofuscado pela sequência de abalos sofrida pelo partido e pelo governo na última semana: a desastrada troca no comando da Petrobras, a revelação de que o partido recebeu até 200 milhões de dólares em propina e a detenção do tesoureiro João Vaccari Neto para prestar depoimento à Polícia Federal.
O pronunciamento da presidente Dilma Rousseff, o último do evento, teve um sujeito oculto: o temor de que a sequência de denúncias gere um processo de impeachment. "Os que estão inconformados com o resultado das urnas só têm medo de uma coisa: da mobilização da sociedade em defesa das instituições e em repúdio a qualquer tentativa de golpe contra a manifesta vontade popular", afirmou ela.
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A presidente conclamou a militância do partido a enfrentar aqueles que ela chama de golpistas: "Nós temos força para resistir ao oportunismo e ao golpismo, inclusive quando ele se manifesta de forma dissimulada". A petista ainda atacou os que "tentam forjar catástrofes e flertam com a aventura".
Os ataques foram o ponto de encerramento de um discurso morno, repleto de trechos já repetidos. A presidente continuou a tratar o caso da corrupção na Petrobras como outro qualquer: até reconheceu que a Justiça precisa investigar, mas colocou toda a ênfase de seu discurso na defesa da estatal contra supostos interesses nebulosos: "Os pescadores em águas turvas não vão acabar nem com o modelo de partilha nem com a política de conteúdo local", afirmou.
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Quando, por exemplo, a presidente disse que "nós não podemos aceitar que alguns tentem colocar a Petrobras como sendo uma vergonha para o Brasil", ela não se referia aos corruptos que infestaram a companhia durante o governo do PT, mas a quem responsabiliza o governo pelos crimes praticados.
Durante seu pronunciamento, Dilma também defendeu o ajuste fiscal e, ao tentar passar uma mensagem de otimismo, acabou por cometer um ato falho: "Nós temos uma das menores taxas de crescimento.... de desemprego da nossa história". A presidente afirmou que vai estender as concessões na área de infraestrutura: "Estão falando que o governo não vai investir. Pelo contrário. Vai ampliar as concessões de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos".
Lula – Durante o evento desta sexta, coube ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu a função de bedel do partido. Ciente de que os casos de corrupção ameaçam a sigla, ele pregou: "Muitos estão mais preocupados em se manter nessas estruturas de poder do que em fazer a militância partidária que estava na origem do poder. Essa é a origem de vícios como a militância paga (...). É nesse ambiente que alguns individualmente cometem desvios que nos envergonham perante a sociedade", disse ele, que continuou :"Esse processo está chegando ao limite nesse partido e nós precisamos dar um fim nessa situação".
Apesar de o PT tratar como heróis os mensaleiros condenados pela Justiça, Lula disse que o partido não aceita desvios éticos. "Estejam certos: se algo de concreto vier a ser encontrado, se alguém tiver traído a nossa confiança, que seja julgado e punido dentro da lei porque o PT, ao contrário dos nossos adversários, não compactua nem compactuará com a impunidade de quem quer que seja".
O ex-presidente também defendeu as medidas "duras" tomadas por Dilma Rousseff no início do segundo mandato. Ele lembrou o próprio tratamento contra o câncer, que exigiu sessões de quimioterapia e radioterapia, e disse que a presidente está fazendo algo semelhante.
Lula deu um conselho com sentido ambíguo a Dilma: "Faça o que tiver que fazer, porque um erro desastroso nosso quem vai sofrer não somos nos, é o povo humilde desse país. E você tem a obrigação de não de governar para o Lula e para o Rui Falcão, é governar cuidando do povo brasileiro que precisa muito de vocês".
Além de parlamentares, governadores e ministros, o ato desta sexta-feira em Belo Horizonte teve a presença de José Mujica, o presidente do Uruguai.
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