quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Conheçam a família ficha suja!Como todo corrupto no Brasil acaba virando herói, o chefe da gangue recebeu o titulo de cidadão honorário de Brasilia!Êta paisinho sem dignidade!

 


O ex-governador Joaquim Roriz foi condenado nesta quarta-feira (14/10) pela Primeira Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) no escândalo que ficou conhecido como o da Bezerra de Ouro. Como a sentença é de segunda instância, ele passa a figurar na lista dos políticos ficha-suja.


Em abril de 2014, Roriz foi absolvido em primeira instância pelo juiz Jansen Fialho, que havia considerado improcedente a ação dos promotores de Justiça. Mas o Ministério Público do DF recorreu e o TJDFT reformou a primeira decisão que favorecia o ex-governador. Na mesma ação, o empresário Nenê Constantino também foi condenado.

Brasília(DF), 04/08/2015 - Sessão Solene de Outorga. Título de Cidadão Honorário de Brasília para o ex governador Joaquim Roriz no auditório do Memorial JK. Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles
A última aparição pública do ex-governador, que tem 79 anos, foi no dia 4 de agosto, quando ele recebeu o título de cidadão honorário de Brasília. Roriz se emocionou (fotos) ao ser homenageado no Memorial JK


Os desembargadores que julgaram o recurso do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) foram Teófilo Caetano, Nídia Correa Lima e Simone Lucindo. O ex-governador pode tentar reverter a decisão no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e até no Supremo Tribunal Federal (STF).


A ação que condenou Roriz diz respeito a um cheque do Banco do Brasil (BB) no valor de R$ 2,2 milhões, emitido pelo empresário Nenê Constantino. O caso foi revelado em 2007, no âmbito das investigações da Operação Aquarela, do MPDFT, e acabou provocando a sua renúncia ao mandato de senador em julho daquele ano.


Favorecimento
Interceptações telefônicas feitas pela Polícia Civil em conformidade com o Ministério Público do DF apontavam na época um acerto entre Roriz e o empresário Nenê Constantino sobre a partilha do cheque de R$ 2,2 milhões. Os promotores consideraram que houve favorecimento no processo que também envolveu o Banco de Brasília, já que os recursos foram sacados por essa instituição financeira, a partir de um comando do então presidente Tarcísio Franklim de Moura.
Roriz se defendia alegando que a transação envolvia um empréstimo no valor de R$ 300 mil que contraiu com Constantino para a compra do embrião de uma bezerra na Universidade de Marília. A defesa do ex-governador vai recorrer da decisão.
Condenações
A absolvição em primeira instância no processo da Bezerra de Ouro sempre foi utilizada por Roriz para afirmar que ele nunca havia sido condenado em crimes contra a administração pública em toda a sua vida política.


Eu não sei o que é a Lei do Ficha Limpa, não tenho condenação."

Joaquim Roriz, em 2010, ao se lançar candidato mais uma vez ao Palácio do Buriti
No início deste ano, entretanto, o Tribunal de Justiça do DF surpreendeu o ex-governador, ao condená-lo, juntamente com as filhas Jaqueline, Wesliane e Liliane, por improbidade administrativa.


De acordo com a denúncia elaborada pelos promotores do Gaeco, eles teriam participado de um esquema para concessão de empréstimos no total de R$ 6,7 milhões a uma construtora.
Em troca, a família teria recebido 12 imóveis no Residencial Monet, em Águas Claras. Como a discussão foi em primeira instância, ainda cabe recurso.


História
Depois de governar o Distrito Federal por 13 anos intercalados (1988/1990, 1991/1995, 1999/2006), Roriz foi eleito senador em 2006. Iniciou o mandato em 2007 e renunciou cinco meses depois. A decisão foi justamente para escapar de um eventual processo de cassação devido ao escândalo da Bezerra de Ouro.
Antônio Cruz/Agência Brasil
Roriz desistiu de disputar o Palácio do Buriti para um quarto mandato em 2010

Candidato nas eleições de 2010 ao Buriti, desistiu de concorrer em meio ao debate, no STF, sobre a validade da Lei da Ficha Limpa para aquele pleito. O ex-governador escalou a mulher Weslian Roriz para disputar em seu lugar. Ela perdeu no segundo turno para o petista Agnelo Queiroz.


Com a doença do ex-governador (ele diabético e doente renal crônico), o clã tem uma única representante na vida política local: a deputada distrital Liliane Roriz (PRTB).


A outra filha, Jaqueline, também foi enquadrada na Lei da Ficha Limpa e está inelegível pelo envolvimento na Operação Caixa de Pandora, porque foi condenada por receber dinheiro de propina para bancar a campanha eleitoral a deputada federal. O filho dela, Joaquim Roriz Neto, não conseguiu se eleger na campanha do ano passado à vaga de deputado federal. (Colaboraram Maria Eugênia e Manoela Alcântara)
 

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