Leandro Kleber
Publicação: 04/02/2014 08:37 Correio Braziliense
Cineasta foi sepultado na tarde de ontem no cemitério São João Batista, no Rio. Internado, filho de Coutinho teve a prisão preventiva decretada |
A morte do cineasta Eduardo Coutinho, no domingo, supostamente assassinado a facadas pelo filho que sofre de esquizofrenia, colocou a doença mais uma vez em evidência. Psiquiatras dizem que é possível controlar o transtorno mental com tratamentos à base de medicamentos e acompanhamento psiquiátrico, principalmente se a doença for verificada precocemente.
Mas o Estado, que disponibiliza os remédios por meio do
Sistema Único de Saúde (SUS), ainda tem dificuldades para oferecer
leitos e tratamento psiquiátrico aos pacientes. Cerca de 0,7% da
população tem esquizofrenia, que atinge mais os homens.
Os sintomas
começam a aparecer entre a adolescência e a fase adulta e incluem
alucinações, delírios e perda de vontade de realizar atividades
diversas. Não existe cura para a doença, responsável por 25% das
internações psiquiátricas, e ainda não se descobriu o que causa a
enfermidade.
Em 2010, o cartunista Glauco e o filho
Raoni foram mortos por tiros disparados por Carlos Eduardo Nunes, que
também sofre de esquizofrenia.
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O quadro foi confirmado pela Justiça no
ano seguinte à tragédia. Atualmente, não há leitos suficientes para
internação de pacientes com surtos psicóticos, principalmente, nas
grandes cidades brasileiras.
O fechamento de centros de internação, mais conhecidos como grandes asilos, onde eram tratadas as pessoas com deficiência mental, muitas vezes de forma equivocada, diminuiu a quantidade de leitos específicos para surtos.
O fechamento de centros de internação, mais conhecidos como grandes asilos, onde eram tratadas as pessoas com deficiência mental, muitas vezes de forma equivocada, diminuiu a quantidade de leitos específicos para surtos.
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